A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria da Pessoa com Deficiência, desenvolveu o projeto ‘Espectro em Movimento’, um contêiner composto por uma sala multissensorial voltada para acolher pessoas neurodivergentes. Em parceria com a Secretaria de Educação, o contêiner percorrerá Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e escolas municipais. A ação é uma prévia para futura instalação das salas sensoriais e multieducacionais em unidades escolares do município.
O contêiner ‘Espectro em Movimento’ tem parceria da Sicredi Dexis e foi criado para acolher pessoas com TEA e grupos neurodivergentes com hipersensibilidade auditiva. O espaço oferece um ambiente seguro e tranquilo, com foco em estímulos visuais e táteis, incluindo iluminação, puffs, tubos de bolhas, piscina de bolinhas e espelhos, que proporcionam conforto e bem-estar aos usuários.
A partir desta semana, o contêiner funciona de forma itinerante, permanecendo 15 dias em cada unidade escolar. A primeira parada será no Cmei Elizete Piveta e, posteriormente, no Cmei Raul Pimenta.
O prefeito Silvio Barros ressaltou a importância da iniciativa e explicou que o objetivo é levar o contêiner da sala multissensorial para as escolas com maior número de crianças com TEA para avaliar o funcionamento. “Queremos testar o modelo e, nas escolas em que ele se mostrar eficaz, instalar uma sala permanente para as crianças. Além disso, o contêiner é usado em eventos para que crianças e famílias possam conhecê-lo”, afirmou. O município já levou o projeto para eventos como a Expoingá e o Rural Maringá Junino, no Parque de Exposições, e a Festa Nipo-brasileira, na Acema.
“O contêiner ‘Espectro em Movimento’ é mais do que uma sala multissensorial, é um espaço de acolhimento e inclusão. Nosso objetivo é oferecer às crianças com TEA e seus familiares um ambiente seguro, que proporciona bem-estar e, ao mesmo tempo, estimula o desenvolvimento. Essa iniciativa reforça o compromisso em garantir acessibilidade e igualdade de oportunidades para todos”, afirma o secretário da Pessoa com Deficiência, Marcos Aurélio.
“As salas multissensoriais não servem apenas para a regulação sensorial dos alunos. Elas também funcionam como espaços educacionais, com aplicação de conteúdos pedagógicos em diferentes formas, como música e histórias, promovendo o desenvolvimento integral dos estudantes dentro da própria sala”, afirma a secretária de Educação, Adriana Palmieri. Até o fim do ano, a previsão é que 20 escolas municipais e nove Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) recebam salas multissensoriais fixas.