A Reforma da Previdência do Maringá Previdência é uma ação de responsabilidade que alinha o município às exigências da Constituição Federal (Emenda 103/2019) e, ao mesmo tempo, protege e preserva benefícios para os servidores de Maringá, evitando regras mais duras.
A urgência é clara: sem a readequação municipal, a cidade seria obrigada a adotar as regras federais de forma automática, perdendo a chance de negociar condições mais justas para seus servidores.
✅ Mais Vantagens do que a Regra Federal
A proposta municipal demonstrou um esforço em proteger o servidor em áreas sensíveis:
- Regra de Transição Vantajosa: Maringá propôs que as novas regras só comecem a valer em 2028, oferecendo aos servidores dois anos adicionais para planejamento e resguardando o direito de quem completar os requisitos até 2027 de se aposentar pelas regras atuais.
- Pensão por Morte Integral: Na regra federal, a pensão é de 60% do benefício. Em Maringá, a proposta garante 100% do benefício para a pensão por morte.
- Cálculo Mais Justo: A aposentadoria será calculada com base nas 80% maiores remunerações do servidor, uma metodologia muito mais justa do que a média de todos os salários exigida pela regra federal.
- Paridade e Integralidade: Quem ingressou no serviço público antes de 2003 mantém o direito à paridade (reajuste igual ao do servidor ativo).
- Aposentadoria Diferenciada: A proposta garante regras mais vantajosas para professores e servidores expostos a agentes nocivos, além de assegurar a aposentadoria administrativa para servidores com deficiência (PCDs), evitando a necessidade de ação judicial.
- Isenção Mantida: Aposentados e pensionistas continuam isentos da contribuição até o teto do INSS.
A reforma é o caminho para garantir a saúde financeira do Maringá Previdência e assegurar que as aposentadorias sejam pagas de forma integral e justa não só hoje, mas para as próximas gerações de servidores que dedicam suas vidas à cidade.
Veja detalhes da Reforma da Previdência do vídeo:
Reforma da Previdência do Maringá Previdência
Sustentabilidade, regras de transição e preservação de direitos
1. O Foco na Sustentabilidade Financeira
O principal argumento a favor é a necessidade de equacionar o déficit atuarial — o dinheiro que falta no futuro para pagar as aposentadorias de hoje.
- Necessidade de Aporte: Sem a reforma, o município precisaria realizar aportes bilionários nos próximos anos (estimativas apontaram mais de R$ 2,4 bilhões em aportes da Prefeitura em oito anos no fundo financeiro), desviando recursos essenciais que deveriam ser investidos em saúde, educação e infraestrutura urbana.
- Alíquotas Obrigatórias: A Emenda Federal exigiu que a alíquota de contribuição dos servidores fosse reajustada para um patamar de 14%, alinhada à União, para o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Maringá cumpriu essa determinação federal para evitar penalidades e garantir o financiamento mínimo do fundo.
2. Regras de Transição e Preservação de Direitos (Maringá vs. União)
A grande vantagem da proposta de Maringá é que ela conseguiu ser mais benéfica em diversos pontos cruciais do que as regras impostas pela EC 103/2019:
| Ponto de Comparação | Proposta de Maringá Previdência | Regra Geral Federal (EC 103/2019) |
| Pensão por Morte | Valor integral do benefício para o cônjuge. | O benefício é reduzido, podendo chegar a 50% + 10% por dependente. |
| Cálculo da Aposentadoria | Média das 80% maiores remunerações. | Média de todos os salários de contribuição (o que tende a reduzir o valor). |
| Paridade/Integralidade | Mantida para quem ingressou até 31/12/2003. | A EC 103/2019 extinguiu a paridade/integralidade. |
| Isenção (Aposentados/Pensionistas) | Mantida a isenção da contribuição até o teto do INSS. | A EC 103/2019 autoriza a cobrança abaixo desse teto em casos de déficit. |
| Regras de Transição | Garante planejamento e segurança jurídica, com uma regra que preservou direitos até a entrada em vigor. | As regras são mais imediatas e menos flexíveis. |
Conclusão: A reforma municipal não apenas se adequou à lei federal, mas também criou mecanismos de proteção que o servidor de Maringá não teria caso fosse enquadrado diretamente na rigidez da regra nacional. A reforma protege o futuro do fundo e garante direitos superiores para quem cuida da cidade.


