Semana do Hip Hop reúne mais de 10 mil pessoas e fortalece a cultura urbana do município

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Promovida pela Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Cultura, em parceria com a Secretaria de Juventude, Cidadania e Migrantes, a Semana do Hip Hop movimentou a Vila Olímpica neste sábado, 29, e domingo, 30, com shows de artistas nacionais e locais, batalhas de rima e intervenções de graffiti em diferentes pontos da cidade. O evento reuniu mais de 10 mil pessoas e reforçou o protagonismo do hip hop como símbolo da cultura urbana no município. Nesta edição, as rappers Ebony e Clara Lima foram as atrações principais, fechando a programação das duas noites.

O show de Ebony, uma das atrações mais aguardadas do sábado, ficou marcado pelas mensagens de encorajamento às mulheres presentes, reforçando a importância da representatividade feminina no rap. A música ‘Espero Que Entendam’, que aborda o potencial feminino dentro da cena do rap, emocionou o público, especialmente Maria Clara Marques, moradora de Mandaguari, que veio até Maringá para assistir ao show. “Gosto muito da Ebony e o álbum ‘Terapia’ me ajuda quando estou ansiosa. Minha música favorita é ‘Espero Que Entendam’. Me identifico quando ela fala sobre o potencial feminino desvalorizado”, declarou.

A rapper Ebony reforçou que o público está reconhecendo a força e a influência que as mulheres exercem no hip hop. “É uma energia diferente, uma tomada de consciência. A mulher no hip hop não é futuro, mas presente”. A programação de sábado também contou com as apresentações de Paulo Microfonia – “Recortes e Riffs: Poesia em fluxo”, Donos da rua, Bboy Michael – Projeto: Salvos da Rua e Puyol – Projeto: Puyol, transmitindo mensagens de resiliência, superação e a vida na periferia.

No domingo, a programação foi iniciada às 16h, com DJ Samu – Som das Ruas, aquecendo os participantes. Na sequência, subiram ao palco Grilhê – Subgrave, DJ Maré – Mixtape Hip-Hop e Atitude Consciente – A Voz das Ruas, com a batidas e rimas que conectaram o público. O encerramento ficou por conta da cantora Clara Lima, que destacou a Vila Olímpica como o principal ponto de encontro da cena urbana maringaense.

“Aqui é onde skatistas, jogadores de basquete, grafiteiros, rappers e amantes do trap se encontram. É um espaço vivo da cena”, afirmou Clara Lima durante o show. Para ela, eventos gratuitos como a Semana do Hip Hop são essenciais para aproximar a população da arte.

“Quando a prefeitura viabiliza um evento público como esse, a cultura chega para todos”, destacou. Para representar os rappers locais, Clara Lima convidou ao palco os MCs Drop e Lubs, que foram aplaudidos pelo público.

Clareliz Souza Lima, de 26 anos, acompanha Clara Lima desde 2016 e elogiou o show. “É uma honra tê-la aqui na nossa cidade, graças à prefeitura e às secretarias que abrem esses espaços para o hip hop nacional”, disse. Camila Cardoso, de 28 anos, assistiu ao show ao lado do marido e da filha de 3 anos. “Já conhecia e quando soube do show fiquei super animada. Me sinto cada vez mais representada pelas mulheres no rap”, afirmou.

Intervenções de graffiti e dança levam arte para os bairros – As ações da Semana do Hip Hop também se estenderam para outros espaços da cidade. No sábado pela manhã, o artista Frank Paris realizou intervenção no Parque Alfredo Nyffeler, enquanto Melina Ramos grafitou a Casa da Cultura, no Jardim Alvorada. No domingo à tarde, Téo Senna retornou ao Parque Alfredo Nyffeler para mais uma intervenção, reforçando o caráter integrador do evento.

Outra atração foi ‘Nando fazendo oficina nas escolas’, realizada em parceria com a Associação do Hip Hop de Maringá nos colégios estaduais Maria Goretti e Tânia Varella. A atividade reuniu 10 artistas, com o objetivo de ensinar os fundamentos e a essência da cultura urbana aos alunos.

O secretário de Cultura, Tiago Valenciano, destacou o compromisso do município com a valorização da cena urbana de Maringá. “A Semana do Hip Hop celebra a arte dos artistas do rap e aproxima o público de grandes nomes do gênero. Queremos fortalecer cada vez mais o hip hop como expressão cultural de Maringá para que os fãs desse estilo musical se sintam representados”, afirmou.

Para a secretária de Juventude, Cidadania e Migrantes, Sandra Franchini, o evento promoveu a conexão entre jovens que se inspiram em artistas da cena. “Agradecemos a todos que participaram e colaboraram pra fazer esse movimento acontecer com tanta potência”, destacou.

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