O presidente Donald Trump rejeitou um plano israelense para assassinar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, segundo uma autoridade americana familiarizada com o assunto. Israel havia informado o governo Trump recentemente sobre o desenvolvimento de um plano confiável para matar Khamenei.
A Casa Branca deixou claro às autoridades israelenses que Trump era contra a iniciativa, vendo-a como uma ação que inflamaria o conflito e desestabilizaria a região. O governo Trump busca evitar que a operação militar de Israel, visando o programa nuclear do Irã, se transforme em um conflito mais amplo.
Questionado sobre o plano em uma entrevista à Fox News, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu não confirmou a rejeição, mas afirmou: “faremos o que for preciso. E acho que os Estados Unidos sabem o que é bom para os Estados Unidos”. Posteriormente, o porta-voz de Netanyahu, Omer Dostri, classificou os relatos sobre o plano de “falsos”. Netanyahu também sugeriu que a mudança de regime “certamente poderia ser o resultado” do conflito devido à fraqueza do regime iraniano. A Reuters foi a primeira a relatar a rejeição da proposta por Trump.
Enquanto isso, Trump emitiu um aviso severo ao Irã contra retaliações a alvos dos EUA no Oriente Médio, apesar de prever um acordo “em breve” entre Israel e Irã para encerrar o conflito. Trump negou qualquer envolvimento dos EUA no ataque ao Irã, mesmo com a troca de mísseis pelo terceiro dia consecutivo. O Irã, no entanto, afirmou que cobraria os EUA pelo apoio a Israel.
“Se formos atacados de qualquer forma pelo Irã, toda a força e poder das Forças Armadas dos EUA recairão sobre vocês em níveis nunca vistos antes”, disse Trump.
Horas depois, ele reiterou sua previsão de paz, citando seu histórico na resolução de tensões, como entre Índia e Paquistão após um confronto transfronteiriço em abril. Trump também mencionou os esforços de sua administração para mediar disputas entre Sérvia e Kosovo, e Egito e Etiópia.
“Da mesma forma, teremos PAZ, em breve, entre Israel e o Irã!”, disse Trump. “Muitas ligações e reuniões estão acontecendo agora. Eu faço muita coisa e nunca recebo crédito por nada, mas tudo bem, o POVO entende. FAÇAM O ORIENTE MÉDIO GRANDE NOVAMENTE!”
Trump deve participar da cúpula do G7 no Canadá, onde a crise no Oriente Médio será um tema central. Há uma divisão dentro do círculo de Trump sobre o grau de apoio a Israel. A deputada Marjorie Taylor Greene, Charlie Kirk e Tucker Carlson defendem que Trump não envolva a nação em conflitos estrangeiros, uma posição elogiada pelo senador Rand Paul. Por outro lado, o senador Lindsey Graham defende esforços diplomáticos, mas sugere que, se falharem, Trump deveria “apostar tudo” na destruição do programa nuclear do Irã, incluindo o fornecimento de bombas e apoio aéreo a Israel.


