Trump intensifica guerra comercial com novas tarifas de 30% contra México e União Europeia

Repórter Jota Silva
Presidente Donald Trump

O presidente Donald Trump anunciou neste sábado, 12 de julho, sua intenção de impor uma tarifa de 30% sobre as importações do México e da União Europeia, a partir de 1º de agosto. A medida, divulgada no Truth Social, ocorre após semanas de negociações sem um acordo comercial abrangente com importantes parceiros dos Estados Unidos.


Escalada da Guerra Comercial

Esta escalada na guerra comercial de Trump não se limita ao México e à UE. Cartas semelhantes foram enviadas a outros 23 parceiros comerciais, incluindo Canadá, Japão e Brasil, estabelecendo taxas que variam de 20% a 50%. Há ainda uma tarifa específica de 50% sobre o cobre. O prazo de 1º de agosto serve como um ultimato para que os países negociem acordos que possam reduzir os níveis tarifários ameaçados.


Reações e Negociações

A União Europeia, que buscava um acordo comercial abrangente, reagiu às ameaças. Autoridades da UE interpretam a iniciativa de Trump como uma tática de negociação. A carta enviada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, exige que a Europa abandone suas próprias tarifas, visando reduzir o déficit comercial americano. Von der Leyen alertou que as tarifas de 30% prejudicariam as cadeias de suprimentos transatlânticas e, embora a UE continue aberta ao diálogo, tomará “todas as medidas necessárias para proteger os interesses da UE, incluindo a adoção de contramedidas proporcionais, se necessário”.


Fentanil e Impacto no México

No caso do México e do Canadá, as cartas de Trump citam o fluxo de fentanil como justificativa para as tarifas, embora dados governamentais mostrem que a apreensão da droga na fronteira mexicana é significativamente maior. Trump acusou o México de não deter os cartéis que “estão tentando transformar toda a América do Norte em um playground do narcotráfico”.

O México, que exporta mais de 80% de seus produtos para os EUA, tornou-se o principal parceiro comercial americano em 2023, superando a China, em grande parte devido ao livre comércio.


Pressões Internas na UE e Receita de Tarifas

Dentro da UE, há pressões conflitantes: a Alemanha busca um acordo rápido para proteger sua indústria, enquanto países como a França defendem que os negociadores do bloco não cedam a acordos unilaterais impostos pelos EUA.

Desde seu retorno à Casa Branca, as ordens tarifárias de Trump já geraram dezenas de bilhões de dólares em novas receitas para o governo dos EUA. Os dados do Tesouro americano revelaram que a receita das tarifas alfandegárias ultrapassou US$100 bilhões no ano fiscal federal até junho.

Até o momento da publicação, os porta-vozes da presidente mexicana Claudia Sheinbaum e do Ministério da Economia do México não haviam respondido aos pedidos de comentários.

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