Washington, D.C., 20 de junho de 2025 – O presidente Donald Trump tem realizado uma série de reuniões de alto nível na Sala de Situação da Casa Branca nos últimos dias, enquanto o conflito no Irã se intensifica e os Estados Unidos ponderam a possibilidade de ataques militares contra a República Islâmica. A preocupação central é a crescente capacidade do Irã de produzir uma arma nuclear em um curto período.
Em declarações a repórteres na quarta-feira, Trump abordou a possibilidade de ação militar: “Sim, posso fazer isso. Posso não fazer isso. Quer dizer, ninguém sabe o que vou fazer. Posso dizer que o Irã está com muitos problemas e quer negociar.” O presidente lamentou a falta de um acordo prévio com o Irã, citando a “morte e destruição” resultantes da escalada do conflito com Israel.
A Sala de Situação em Foco
O complexo de alta tecnologia da Sala de Situação, localizado na Ala Oeste da Casa Branca, é o palco dessas deliberações cruciais. Criado em 1961 pelo presidente John F. Kennedy após o fracasso da Invasão da Baía dos Porcos, o espaço é dedicado à gestão de crises e foi reformado em 2006 e 2023.
Ex-funcionários do governo Trump, como Kayleigh McEnany, ex-secretária de imprensa, e John Bolton, ex-conselheiro de Segurança Nacional, destacam o tom sério e histórico das reuniões. McEnany relembrou momentos históricos vivenciados ali: “Foi aqui que vimos nossas heroicas Forças Especiais eliminarem Osama bin Laden durante o governo Obama. E acho que estamos em outro ponto em que decisões semelhantes estão sendo tomadas, e decisões ainda maiores, que podem mudar o curso da história, estão acontecendo agora mesmo naquela sala.”
Intensa Agenda de Reuniões
Trump tem mantido uma agenda intensa de briefings de inteligência e reuniões com conselheiros de segurança nacional. Ele realizou encontros na manhã de quinta-feira, na tarde de quarta-feira, na tarde de terça-feira e na noite de segunda-feira, após seu retorno abrupto da cúpula do G7 no Canadá.
Entre os altos funcionários presentes nas discussões estão o Secretário de Defesa Pete Hegseth, a Diretora de Inteligência Nacional Tulsi Gabbard, o Vice-Presidente JD Vance, o Secretário de Estado Marco Rubio (que também atua como conselheiro de Segurança Nacional) e o Enviado Especial para o Oriente Médio Steve Witkoff.
John Bolton explicou que dois tipos principais de reuniões de alto nível ocorrem na Sala de Situação. As “reuniões de diretores”, presididas pelo conselheiro de Segurança Nacional, reúnem secretários de gabinete para preparar as decisões presidenciais. O segundo tipo são as reuniões oficiais do Conselho de Segurança Nacional (NSC), presididas pelo próprio presidente, onde as informações são revisadas e as opções são discutidas.
Diplomacia e Força: A Estratégia dos EUA
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou em coletiva de imprensa na quinta-feira que as próximas duas semanas serão críticas para definir os próximos passos dos EUA. Ela reiterou que o presidente Trump é um “pacificador-chefe” que busca a paz através da força.
“O presidente está sempre interessado em uma solução diplomática para os problemas dos conflitos globais neste mundo. Mais uma vez, ele é um pacificador em chefe. Ele é o presidente que busca a paz pela força. Portanto, se houver uma oportunidade para a diplomacia, o presidente sempre a agarrará. Mas ele também não tem medo de usar a força”, disse Leavitt.
Israel lançou ataques preventivos contra o Irã em 12 de junho, na “Operação Leão Ascendente“, que visaram a infraestrutura nuclear e de mísseis iranianas e resultaram na morte de líderes militares iranianos. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu justificou os ataques como necessários para “reduzir a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel”.
Trump tem insistido para que o Irã negocie seu programa nuclear, e lamentou o cancelamento das negociações agendadas para este domingo em Omã. Em uma postagem no Truth Social, o presidente reiterou: “Em termos simples, o Irã NÃO PODE TER UMA ARMA NUCLEAR. Eu já disse isso várias vezes! Todos deveriam evacuar Teerã imediatamente!”
Acompanhe as próximas notícias para saber os desdobramentos dessa situação complexa no Oriente Médio.