A tradição da seda paranaense cruzou fronteiras e ganhou destaque internacional nesta semana. As vencedoras do Concurso Seda Paraná, Diovane Plep Machado, de Palmital, e Maria Rosa Pires de Souza, de Godoy Moreira, desembarcaram em Lyon, na França, e, junto à delegação oficial do Governo do Estado, visitaram a fábrica da Hermès – marca francesa de artigos de luxo – nesta quinta-feira, 20 de novembro.
O Concurso Seda Paraná nasceu com o propósito de valorizar o trabalho feminino no campo, ampliar oportunidades e dar visibilidade internacional ao potencial da sericicultura paranaense. A iniciativa reconhece a excelência na produção sustentável, artesanal e de alta qualidade do fio de seda — características que fazem do Paraná uma referência.
A delegação do Estado é composta por representantes da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Casa Civil, Casa Militar, Invest Paraná e Celepar. A primeira-dama do Paraná, Luciana Saito Massa, idealizadora e mobilizadora do concurso, também acompanhou a comitiva.
Durante a visita, as duas produtoras puderam acompanhar de perto todas as etapas que transformam o fio brasileiro em arte: da preparação e torção da seda aos processos de tingimento, ilustração e impressão que dão origem aos icônicos carrés da Hermès – o tradicional lenço de seda vendido pela marca.
A imersão evidenciou a conexão entre pequenos produtores do Paraná e a indústria global do luxo.
A equipe francesa responsável por receber a delegação destacou a importância do trabalho desenvolvido no Estado. “O trabalho destas mulheres é essencial para que a Hermès mantenha o padrão de qualidade que o mundo reconhece”, afirma Matthieu Dupont, diretor de Sustentabilidade da Hermès.
FORÇA DA SERICICULTURA DO PARANÁ – o Paraná hoje se destaca como um dos grandes polos sericícolas, fornecendo matéria-prima de altíssima qualidade utilizada por grandes grifes internacionais.
A presença das produtoras em Lyon reforça o valor estratégico da atividade para o Estado, que reúne inovação, sustentabilidade, agricultura familiar e protagonismo feminino.
Emocionadas, as vencedoras do concurso destacaram o impacto da experiência. “Ver a nossa seda transformada em arte é a realização de um sonho. É emocionante saber que aquilo que começamos lá no campo chega aqui na França”, afirma Diovane.
A primeira-dama reforçou a importância da iniciativa e da projeção internacional do trabalho das produtoras. “Trazer essas mulheres até Lyon é mostrar ao mundo a força da nossa sericicultura. Cada fio produzido no Paraná carrega história, técnica e dedicação. É profundamente gratificante ver as nossas sericicultoras acompanhando de perto o destino final do trabalho artesanal e sustentável que elas iniciam com tanto cuidado. Ver esse talento reconhecido por uma maison como a Hermès confirma que estamos no caminho certo ao investir em inovação, sustentabilidade e no protagonismo feminino no campo”, enfatiza Luciana Saito Massa.







