Uma comitiva do Departamento de Comércio dos Estados Unidos no Brasil visitou o Porto de Paranaguá nesta sexta-feira (22). Os representantes buscam a aproximação do setor privado americano com oportunidades de parceria de negócios brasileira. Eles foram recebidos pelo diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, o secretário-geral, Felipe Gama, e o diretor Operacional, Gabriel Vieira, que apresentaram os projetos atuais e os investimentos previstos para os portos paranaenses.

“Nós temos muito contato com os espanhóis, holandeses, e agora temos os americanos nessa rota de interesses, discutindo parcerias estratégicas, desde a elaboração de estudos, além da participação de empresas americanas na construção, infraestrutura e desenvolvimento local. Este encontro sinaliza que o Paraná está muito bem colocado entre os principais players do mundo”, destacou Garcia.

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O conselheiro comercial Joel Reynoso, a especialista comercial Fabiola Rios, e o assistente comercial Carlos Ferreira tiveram acesso à maquete realista dos portos de Antonina e Paranaguá e depois visitaram o cais, em Paranaguá. O A Departamento de Comércio dos Estados Unidos no Brasil possui um setor de promoção comercial, chamado Serviço Comercial, que faz contato tanto com o setor público quanto com o setor privado. São mais de 100 escritórios, com atuação em mais de 70 países. No Brasil, existem cinco unidades, em Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

“Nós sabemos que a Portos do Paraná é realmente uma das melhores no setor, e nós, que trabalhamos com serviço comercial dentro das embaixadas, sempre temos empresas americanas que podem ajudar prestando serviços ou fornecendo equipamentos que se encaixem bem com as necessidades locais”, destacou Reynoso.

“Paranaguá tem uma vantagem muito grande de ser um porto mais ousado na parte de inovação e de estar pensando mais à frente, pensando no modelo de gestão diferenciado. Essa mente aberta para soluções inovadoras tem muita sinergia com o que os Estados Unidos têm para oferecer, sendo um caminho de parcerias estratégicas”, explicou Fabiola.

De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, os Estados Unidos estão em terceiro lugar em movimentação tanto para importação quanto exportação de mercadorias no Paraná. Com uma receita de US$ 25,2 bilhões oriundas de vendas para outros países em 2023, o Paraná estabeleceu um novo recorde anual de exportações. O valor é 13,7% superior ao resultado obtido pelo Estado em 2022, quando a receita foi de US$ 22,1 bilhões. O comércio com os EUA foi de US$ 1,4 bilhão.

O Porto de Paranaguá comemora 89 anos de história neste domingo (17). Com mais de 6 mil metros de cais e píeres, o terminal segue crescendo em números de movimentação e se consolidando como referência nacional do setor. O destaque neste aniversário vai para o recorde histórico de movimentação anual, de 65 milhões de toneladas, ocorrido em 2023.

Já o destaque nacional vai para a movimentação de cargas do complexo soja (farelo, grãos e óleo) em janeiro de 2024. De acordo com o sistema para consultas de dados do comércio exterior brasileiro (Comex Stat), 37,5% da exportação brasileira de soja saiu pelo Porto de Paranaguá. Em segundo lugar está o Porto de Santos, com 20,9% do total.

“Agradeço a força da nossa comunidade, que faz com que cheguemos nesses 89 anos com destaques e uma movimentação muito expressiva. Isso aconteceu graças aos esforços dos trabalhadores, da comunidade e dos empresários que acreditam e investem aqui no Paraná”. afirma o diretor-presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “Destaco a todos e esperamos que a força da comunidade prevaleça. Mais resultados aparecerão e a nossa roda vai seguir cada vez virando mais forte”, enfatiza.

Ao todo, 489 pessoas trabalham na Portos do Paraná. Jamile dos Santos Faustino, agente portuária há quatro anos e seis meses, faz parte dessa equipe. Parnanguara, filha e neta de estivadores, sempre sonhou em trabalhar na Portos do Paraná e hoje atua no departamento de arrendamentos.

“Gosto do que faço, sinto que estou onde realmente queria estar. Para mim, é uma grande experiência. Sempre ouvi meu pai falar, meu avô falar do Porto. “É um sonho desde criança, admirar e querer estar aqui”, diz Jamile.

Bruno de Paula Guimarães também atua na Portos do Paraná desde 2018, quando começou como estagiário. Hoje é técnico portuário na coordenadoria de Granéis e Exportação. Na rotina de trabalho, faz diversas tarefas entre analisar as nomeações de carga recebidas, a logística e a armazenagem de farelo nos armazéns.

“Como parnanguara, nascido e criado em Paranaguá, sempre sonhei, desde pequeno, em trabalhar na área portuária. Estar aqui hoje nesse meio é a realização de um sonho”, conta Guimarães.

Outra cidadã de Paranaguá que atua no porto é a assessora da gerência de planejamento estratégico, Renata Pereira Aguiar. Renata trabalhou entre os anos 2004 e 2005 como estagiária e retornou em 2023 no setor de planejamento estratégico. Graduada em administração,  com ênfase em comércio exterior, atualmente trabalha com o planejamento e metas dos portos paranaenses e integra o Comitê de Inovação.

“Tenho muito orgulho de ser uma mulher dentre tantas que tem aqui. Vejo que é uma empresa bem aberta, bem dinâmica quanto a isso. Nós temos um número significativo de mulheres em cargos de chefia como gerência, coordenadoria. Tem muitas mulheres à frente de diversos projetos e responsáveis pelas suas áreas”, observa Renata.

PARA O FUTURO – O Porto de Paranaguá segue movimentando a todo o vapor e com a expectativa de novos recordes. “A meta de crescimento para 2024 é de 2% a 3% do total movimentado em 2023. É uma meta audaciosa, mas seguimos confiantes, focando em inteligência logística e investimentos”, afirma o presidente da Portos Paraná.

Entre os investimentos estão os arrendamentos na área portuária. O mais recente é o do PAR-09, que foi arrematado em novembro de 2023 pelo Fundo de Investimento Q-PAR09. A empresa deverá investir R$ 910 milhões em melhorias de infraestrutura nos próximos cinco anos e gerar 150 empregos diretos. A previsão é que novos leilões ocorram ainda este ano.

CORRIDA DO PORTO – Além dos investimentos em movimentação, a Portos do Paraná também estreita o relacionamento com a comunidade. Uma das ações é a Corrida do Porto, que acontece no cais do Porto de Paranaguá, e já tem data marcada: será no dia 09 de junho, a partir das 7h da manhã.

A expectativa é de receber 1.500 pessoas ao longo de quatro modalidades: corridas de 5 e 10 quilômetros, caminhada e circuito infantil. O objetivo é atrair atletas e famílias de todo o País.

Todo o recurso arrecadado com as inscrições será revertido para a compra de cestas básicas para Instituições sociais das  cidades de Paranaguá e Pontal do Paraná. Os ingressos serão vendidos nas próximas semanas.

O Porto de Paranaguá recebeu nesta segunda-feira (29) o navio MSC Natasha XIII, do armador Mediterranean Shipping Company (MSC). A embarcação, que atracou na empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), é o maior porta-contêineres em comprimento a ser recebido no Paraná: são 366 metros de ponta a ponta. O recorde anterior aconteceu em novembro de 2022 com o navio APL Yangshan, do armador francês CMA CGM, com 347 metros.

A atracação de navios desse porte é resultado dos esforços da empresa pública que administra os portos de Paranaguá e Antonina para a ampliação do calado. “Investimos em obras de derrocagem e serviços de dragagem para aumentar cada vez mais a profundidade do canal e permitir a atracação de navios cada vez maiores. Receber agora o MSC Natasha XIII e, futuramente, o MSC Elisa XIII, também com 366 metros, mostra o quanto estamos preparados para atender a esta crescente demanda de mercado”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

“A atracação do navio com as dimensões do MSC Natasha XIII é um marco significativo para o nosso terminal e consolida a posição da TCP como operador de navios dessa magnitude. Isso está alinhado a um dos pilares de nossa estratégia, que é atuar como um hub portuário para os armadores, centralizando suas operações de maneira segura e eficiente em nosso porto”, afirma a gerente comercial de armadores da TCP, Carolina Brown.

Em nota, o armador declarou que a primeira escala de um navio de 366 metros no Terminal de Contêineres de Paranaguá é motivo de celebração para a MSC. “A operação do MSC Natasha XIII demonstra e reitera o nosso compromisso em ofertar capacidade de transporte para impulsionar o crescimento do comércio exterior brasileiro”.

Além do comprimento do MSC Natasha XIII ser 12 vezes maior que o Cristo Redentor, o navio possui também 48,20 metros de largura, 139,7 mil toneladas de capacidade e pode transportar até 14.432 TEUs (medida para 20 pés de comprimento de contêiner). Vindo dos Estados Unidos, a escala do MSC Natasha XIII na TCP movimentará um grande volume de carne congelada, principal commodity de exportação do terminal.

A próxima atracação de um navio desse porte na TCP já está prevista para a primeira semana de fevereiro com a chegada do navio MSC Elisa XIII, embarcação irmã do MSC Natasha XIII, que possui exatamente as mesmas características de comprimento, largura e capacidade.