Estado intensifica a vigilância sobre desastres com um investimento de R$ 140 milhões

Repórter Jota Silva
Repórter Jota Silva - Jornalista | Registro Profissional: Nº 0012600/PR
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O Governo do Estado está finalizando dois importantes projetos para tornar o Paraná mais resiliente a eventos naturais extremos (desastres). Desenvolvidos em parceria pelo Instituto Água e Terra (IAT) e o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), os programas Monitora Paraná e o Monitora Litoral começarão a ser implementados ainda neste ano. A proposta é focada no aprimoramento da estrutura de monitoramento de desastres ambientais por meio da coleta de dados, ações de mapeamento, aprimoramento de sistemas de alertas de desastres, aquisição de novos equipamentos e modernização de sistemas de informação.

O investimento é de R$ 140 milhões, metade para cada proposta, e será financiado em parte com os recursos pagos pela compensação do acidente ambiental da Petrobras em 2000 em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, liberados neste ano pela Justiça Federal. O IAT e o Simepar são órgãos vinculados à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

“É um volume significativo de recursos para essa área, em que estamos buscando a inovação e a precisão na prevenção de eventos críticos. Tanto IAT quanto Simepar vão exercer papéis importantes no monitoramento, compartilhando a operação em prol da modernização dos sistemas, de respostas rápidas para a segurança da população paranaense”, destaca secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza.

Os projetos têm como base o monitoramento, previsão e alerta hidrometeorológico de pontos estratégicos do Estado, porém com enfoques diferentes.

O Monitora Paraná objetiva ações de identificação de vulnerabilidades em áreas de proteção ambiental, como Unidades de Conservação (UCs), Corredores Ecológicos e Áreas Estratégicas de Conservação e Restauração (AECR), espaços que reúnem ecossistemas que podem ser prejudicados por eventos climáticos extremos, como os incêndios florestais que assolaram o Estado nos últimos meses. O índice de vulnerabilidades levará em conta padrões de precipitação, temperatura e fragilidade do ecossistema, e será usado como base para a criação de planos de adaptação, mitigação e monitoramento dos locais para torná-los mais resilientes às crises. “Ou seja, quanto maior o índice, mais atenção do Estado aquele local requer. É assim que vamos trabalhar”, explica Souza.

Além disso, a iniciativa envolve a aquisição de novos equipamentos para complementar a estrutura de monitoramento existente no Paraná, como radares, estações hidrológicas e meteorológicas automáticas e novos sistemas computacionais.

Já o Monitora Litoral busca construir uma estrutura de monitoramento ao longo de pontos críticos dos sete municípios da região (Antonina, Morretes, Paranaguá, Pontal do Paraná, Guaraqueçaba, Matinhos e Guaratuba). incluindo ecossistemas costeiros que apresentam fragilidades específicas, como as baías de Paranaguá e de Guaratuba. Os equipamentos instalados serão capazes de medir aspectos como o nível do mar, altura de ondas e correntes marítimas, para a construção de uma modelagem oceanográfica do Paraná, capaz de ajudar na prevenção de eventos climáticos extremos. A implementação completa das iniciativas levará em torno de três a quatro anos.

“É um grande avanço. O Paraná deixa de ser apenas reativo para atuar de fato na prevenção dos eventos climáticos, atuando antes dos acontecimentos. É um novo momento na história da humanidade, mas que o Estado passa a se habilitar por meio desse programa Monitora Paraná, com modernização e instrumentalização adequada”, afirma o diretor-presidente do Simepar, Paulo de Tarso.

ESTRUTURA EXISTENTE – Os novos projetos se juntam ao arcabouço já existente do Governo do Estado para a prevenção de desastres naturais. Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria Defesa Civil e a Sedest, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até situações como incêndios e secas.

Outra dessas iniciativas é o Inovação Ambiental do Paraná, o i9 ambiental, operacionalizado pelo Núcleo da inteligência Geográfica e da informação (NGI) do IAT. A parceria com a Defesa Civil inclui a aquisição de novas estações telemétricas hidrológicas e de um novo sistema de informação capaz de cruzar os dados meteorológicos de forma mais precisa para o envio de informações à população paranaense. Além disso, haverá por parte do IAT a elaboração de mapeamentos específicos em locais vulneráveis a enchentes e deslizamentos. As ações já estão em andamento.

A Sedest também atua nesse campo por meio do Programa Paranaense de Mudanças Climáticas (Paranaclima), da Coordenação de Ação Climática e Relações Internacionais. Um dos principais resultados do programa é o Plano de Ação Climática, instituído como um instrumento da Política Estadual sobre Mudanças do Clima para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e fortalecer a capacidade de adaptação às novas necessidades.

Entre as iniciativas do plano destaca-se uma análise climática dos municípios do Estado, focando na identificação de pontos mais vulneráveis a eventos climáticos extremos. O resultado do levantamento foi o Índice de Vulnerabilidade dos Municípios, uma ferramenta para fortalecer medidas de combate a essas situações. O plano também prevê a pesquisa e desenvolvimento de soluções inovadoras para questões climáticas e ações de educação ambiental para conscientizar a população sobre o tema.

  • Paraná desenvolvimento
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O repórter Carlos Jota Silva possui uma trajetória diversificada na comunicação. Ele atuou como locutor em duas emissoras de rádio e foi diretor de comunicação na Associação do Jardim Alvorada, em Maringá, durante dois anos. Também atuou como assessor de imprensa parlamentar no gabinete do ex-vereador Doutor Jamal Fares. Jota é graduado em gerenciamento pelo Sebrae e foi representante comercial autorizado da SKY Brasil. Atualmente, ele se destaca como editor de áudio e vídeo, além de ser diretor geral e programador do site Saiba Já News, onde escreve artigos noticiosos. Nos anos 90, ainda na juventude, trabalhou como técnico eletrônico, uma profissão que herdou de seu pai. No início dos anos 2000, foi contratado como técnico autorizado para marcas como Sharp do Japão, Britânia, Gradiente, Philco e CCE. Sua paixão pela comunicação foi inspirada por seu pai, que nos anos 70 se dedicou à divulgação de anúncios e informações públicas e políticas em Santa Fé/PR e Alto Paraná/PR, utilizando autofalantes na praça, uma prática bastante comum na época.