Acidente aéreo em Vinhedo: Polícia Científica de Paraná já atendeu 26 famílias em Cascavel

Repórter Jota Silva
Repórter Jota Silva - Jornalista | Registro Profissional: Nº 0012600/PR
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Vinhedo (SP) 10/08/2024 – Movimentação próximo ao local do acidente que envolveu o avião da Voepass Linhas Aéreas que vitimou 62 pessoas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Agentes da Polícia Científica do Paraná estão desde a tarde de sexta-feira (9) e ao longo de todo este sábado (10) prestando atendimentos aos familiares das vítimas do acidente aéreo que ocorreu em Vinhedo, em São Paulo. Eles montaram uma rede de atendimento em sua sede em Cascavel, no Oeste do Estado, e também em um hotel da cidade para fazer a coleta de dados e de amostras de DNA, dentro do protocolo de DVI (Identificação de Vítimas de Desastres).

Até o momento, 26 famílias foram atendidas e 15 pessoas fizeram a coleta de DNA com swab oral. As amostras de perfil genético, além de documentações odontológicas e médicas, serão encaminhadas à Polícia Científica de São Paulo, que trabalha no local do acidente e no IML central do estado paulista, para auxiliar na identificação das vítimas. A aeronave da companhia Voepass, com 61 pessoas a bordo, partiu do Aeroporto de Cascavel e caiu no início da tarde de sexta em uma área residencial do bairro Capela, em Vinhedo.

Para reforçar esse atendimento, servidores que trabalham com antropologia forense em Foz do Iguaçu foram deslocados para Cascavel. Catorze profissionais estão envolvidos diretamente nesse caso.

A Polícia Científica enviou um pedido para familiares levarem documento de identificação pessoal da vítima, com numeração e se possível original/fotocópia; documentos odontológicos com registros de imagem (radiografias, tomografias e fotos dos dentes) ou fichas de tratamento odontológico; documentos médicos (radiografias, relatórios de cirurgias); e fotografias e vídeos recentes que demonstrem características físicas, como presença de tatuagem.

DEFENSORIA PÚBLICA – O atendimento às famílias também está sendo reforçado pelas Defensorias Públicas dos Estados do Paraná e de São Paulo. Os dois órgãos abriram procedimento administrativo para acompanhar as investigações sobre a queda da aeronave e publicaram um guia com perguntas e respostas sobre esse momento delicado.

No município paranaense, as equipes prestam orientações às famílias que estão a caminho de São Paulo. A Defensoria Pública permanece no Aeroporto de Cascavel com defensores, psicóloga e assistente social para auxiliar qualquer familiar que chegue ao terminal. Eles também acompanham os atendimentos da Polícia Científica na coleta de documentos e materiais genéticos, trabalho que também está sendo feito em São Paulo e Ribeirão Preto.

Em São Paulo, as equipes estão voltadas na orientação das famílias para identificação dos corpos no Instituto Médico Legal (IML). Foi aberto um canal exclusivo de WhatsApp (41 99232-2977) para prestar informações gerais e auxiliar as famílias nos procedimentos de identificação das vítimas. 

LUTO OFICIAL – O governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve em Vinhedo e prestou solidariedade às famílias das vítimas. Ele também decretou luto oficial de três dias. Oito servidores do Estado faleceram no acidente.

“É um dia triste. Todo acidente aéreo é uma fatalidade que choca todo mundo por não estar dentro da normalidade. Ainda há pouca informação sobre as vítimas que estavam no avião, mas quero deixar minha solidariedade às famílias”, disse Ratinho Junior. “O povo do Paraná abraça a cidade de Cascavel. Que Deus conforte amigos e familiares das vítimas desse trágico acidente. Estamos colocando todas as nossas forças à disposição para ajudar”.

ACIDENTE – O avião com 58 passageiros e quatro tripulantes, totalizando 62 pessoas a bordo, caiu em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo (SP). De acordo com a companhia aérea, as vítimas estavam em um avião turboélice, modelo ATR-72, que saiu de Cascavel às 11h58. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, mas a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas da torre de São Paulo.

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O repórter Carlos Jota Silva possui uma trajetória diversificada na comunicação. Ele atuou como locutor em duas emissoras de rádio e foi diretor de comunicação na Associação do Jardim Alvorada, em Maringá, durante dois anos. Também atuou como assessor de imprensa parlamentar no gabinete do ex-vereador Doutor Jamal Fares. Jota é graduado em gerenciamento pelo Sebrae e foi representante comercial autorizado da SKY Brasil. Atualmente, ele se destaca como editor de áudio e vídeo, além de ser diretor geral e programador do site Saiba Já News, onde escreve artigos noticiosos. Nos anos 90, ainda na juventude, trabalhou como técnico eletrônico, uma profissão que herdou de seu pai. No início dos anos 2000, foi contratado como técnico autorizado para marcas como Sharp do Japão, Britânia, Gradiente, Philco e CCE. Sua paixão pela comunicação foi inspirada por seu pai, que nos anos 70 se dedicou à divulgação de anúncios e informações públicas e políticas em Santa Fé/PR e Alto Paraná/PR, utilizando autofalantes na praça, uma prática bastante comum na época.