Agronegócio
Cinco frigoríficos paranaenses podem ser habilitados a exportar para a China; veja quais são eles
O Paraná lidera a produção de frango no Brasil, com exportações que alcançaram US$…
MILHO E SOJA – O boletim elaborado pelos técnicos do Deral também analisa as condições gerais das lavouras de milho e soja no Paraná. Na semana anterior, a primeira safra de milho 2023/24 tinha 80% da área estimada, de 309 mil hectares, em condição boa. Já nesta semana este percentual caiu para 76%. Quanto à soja, na semana passada o percentual das lavouras em condição boa era de 86% dos 5,8 milhões de hectares plantados, e nesta semana caiu para 71%.
ARROZ E FEIJÃO – A enchente do Rio Ivaí, em outubro, alagou grande parte das lavouras de arroz irrigado paranaenses. Apesar da incerteza inicial dos produtores, as áreas foram replantadas dado o momento de valorização da cultura, que fechou 2023 com preços 45% mais altos ante dezembro de 2022 (R$ 170,80 x R$ 118,06/60kg). Os preços mais altos também chegam ao consumidor final, pois na pesquisa de varejo do Deral o arroz agulhinha subiu 14% no último mês e 29% nos últimos 12 meses.
Outro produto que tem gerado preocupações inflacionárias é o feijão. Apesar da colheita da safra paranaense estar evoluindo bem, chegando a 56% da área nesta semana, a oferta tem sido limitada pelos problemas de produtividade ocasionados pelo calor excessivo. Com isso, os preços ao produtor continuam apresentando valorização em janeiro, superando os preços de dezembro de 2023.
HORTIFRUTI – O boletim analisa ainda informações da Divisão Técnica e Econômica – DITEC, das Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa), que acompanha a dinâmica do mercado de hortigranjeiros diariamente. No entreposto de Curitiba, que engloba praticamente 2/3 de todas as transações, entre os dias 2 e 9 de janeiro, três itens apresentaram um aumento nos preços, 16 mantiveram o numerário anterior e 11 produtos baixaram seus valores.
A batata doce, a melancia redonda e o melão tiveram suas cotações majoradas em 33,3%, 10,0% e 5,5% de uma semana para outra. Por outro viés, a vagem macarrão, o pepino conserva e o chuchu experimentaram reduções de até 37,6%.
Agronegócio
Paraná fortalece sistema de sanidade da agroindústria familiar e de pequeno porte
O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf-PR) consolidou em 2024 sua importância para a agroindústria familiar paranaense com a adesão de 62 novos municípios.
O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf-PR) consolidou em 2024 sua importância para a agroindústria familiar paranaense com a adesão de 62 novos municípios. Destes, 34 ingressaram de forma independente, enquanto outros 28 optaram pela integração por meio de consórcios municipais.
Com isso, o Paraná alcançou a marca de 160 municípios certificados, reafirmando seu compromisso com a qualidade sanitária e a ampliação de mercados para os pequenos produtores. A meta do Estado é chegar a 200 cidades integradas ao consórcio até 2026.
Regulamentado em 2020, o Susaf-PR permite que municípios com um Sistema de Inspeção Municipal (SIM) de excelência certifiquem agroindústrias locais, conferindo-lhes o direito de comercializar seus produtos em todo o Estado. O sistema é um grande aliado para o desenvolvimento econômico da agroindústria familiar ao garantir padrões higiênico-sanitários e ampliar as oportunidades de mercado além dos limites municipais.
Durante a Feira Sabores do Paraná, realizada após um hiato de 10 anos, o certificado Susaf foi destaque na cerimônia de abertura. O evento celebrou a força dos produtores familiares e incluiu a entrega do certificado de adesão ao sistema para o município de Sabáudia, e também a um estabelecimento indicado, reforçando a relevância do sistema para o fortalecimento das agroindústrias familiares do Paraná.
Ao longo de 2024, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) intensificou os esforços para aprimorar o sistema. Através do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vegetal (DPAV), promoveu capacitações destinadas aos agentes de inspeção e fortaleceu a integração com os Serviços de Inspeção Municipal (SIM).
Essas ações tiveram como objetivo elevar as práticas de inspeção sanitária e assegurar que os produtos da agroindústria familiar atendam aos mais altos padrões de qualidade, fortalecendo a competitividade dos pequenos produtores no mercado estadual.
ALIMENTAÇÃO – O ano também foi marcado pelo lançamento do IV Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027. O documento reúne diretrizes prioritárias para a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e orienta as políticas públicas no Estado com vistas à construção de um sistema agroalimentar que seja cada vez mais sustentável.
O Paraná apresenta o segundo melhor índice de segurança alimentar e nutricional do País, com atendimento a 82% da população. Do plano anterior, de 2020-2023, foram cumpridas 82,5% das metas.
Agronegócio
Projeto Renda Agricultor Familiar passa a atender 10 mil pessoas no Paraná
O programa, que combina políticas diversificadas para propiciar prevenção e superação das condições de alta vulnerabilidade social, iniciou sua operação em 2015.
Com mais 677 projetos de renda e inclusão social aprovados neste ano, o Projeto Complementar Nossa Gente Paraná, na modalidade Renda Agricultor Familiar, alcançou 9.996 agricultores beneficiados. O programa, que combina políticas diversificadas para propiciar prevenção e superação das condições de alta vulnerabilidade social, iniciou sua operação em 2015.
Foram investidos aproximadamente R$ 28 milhões do Tesouro do Estado, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop).
Cada um dos beneficiados recebe R$ 6 mil, divididos em duas parcelas. O valor teve reajuste de 100% em agosto deste ano. A primeira parcela é de R$ 4 mil, transferidos diretamente aos responsáveis das famílias beneficiárias por meio de assinatura de adesão e apresentação do projeto de estruturação da unidade familiar produtiva, feito pelo técnico do IDR-Paraná responsável pela assistência técnica em conjunto com a família.
Comprovada a correta execução do valor e o progresso no desenvolvimento do projeto, a segunda parcela é liberada.
O programa destina-se a produtores que possuam renda familiar mensal per capita igual ou inferior à meio salário mínimo. Nesse grupo estão agricultores familiares do Grupo B do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), pescadores artesanais, quilombolas, indígenas e comunidades tradicionais. A estimativa é que no Paraná existam cerca de 110 mil famílias com essas características.
Por serem famílias mais vulneráveis socialmente, o Governo do Estado, por meio das secretarias da Agricultura e do Abastecimento; do Desenvolvimento Social e Família; e Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), com participação dos municípios, famílias e comunidade, instituiu o Nossa Gente Paraná.
Além do repasse de auxílio financeiro, ela recebem os serviços de assistência técnica e extensão rural, possibilitando a implementação de projetos de geração de renda e o acesso a políticas públicas de cidadania, gerando a autonomia dos beneficiários, preservação do meio ambiente e a melhoria dos índices de qualidade de vida.
Também podem participar jovens acima de 18 anos que cursem colégio agrícola ou Casa Familiar Rural e realizem projeto próprio em área cedida pelos pais.
Em 2019 o projeto foi vencedor do Prêmio Sesi ODS, em razão de cumprir Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos na Agenda 2030. Em 2022 foi o terceiro lugar nacional no Prêmio Estratégia ODS Brasil.
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Agronegócio
Safra 24/25 do Paraná pode chegar a 25,3 milhões de toneladas de grãos
Safra 24/25 do Paraná pode chegar a 25,3 milhões de toneladas de grãos
Apesar do tempo seco preocupar os produtores em determinado momento, a volta das chuvas manteve boas perspectivas para a safra de verão que começa a ser colhida. Safra 24/25 do Paraná pode chegar a 25,3 milhões de toneladas de grãos
Os dados fazem parte da Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada nesta quinta-feira (19) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A divulgação também conta com a primeira projeção de área para a segunda safra, que pode produzir 16,4 milhões de toneladas, um aumento de 23% sobre os 13,4 milhões produzidos em 23/24.
A estimativa aponta que o milho, com seu importante papel como principal matéria-prima que alimenta frangos, suínos e bovinos, apresentou na segunda safra um aumento sutil na área plantada, que corresponde a 1% a mais em relação ao ciclo anterior (de 2,53 milhões aumentou para 2,56 milhões de hectares), mas que pode render uma grande produção de 15,5 milhões de toneladas, 24% a mais do que a do ano anterior (12,5 milhões de toneladas). As lavouras da primeira safra apresentam ótimas condições e devem ofertar 2,6 milhões de toneladas, 5% mais dos 2,5 milhões do ciclo anterior.
O feijão de segunda safra também ganha destaque. A cultura apresenta uma diminuição de 11% de área plantada, ainda assim a segunda maior já registrada. O volume esperado pode superar em 4% a produção de 23/24 e atingir 694,4 mil toneladas.
A primeira safra, que já apresenta 5% da produção colhida, pode apresentar problemas em função da dificuldade de aplicar fungicidas por causa das chuvas, mas o volume esperado ainda é grande. Ao final da colheita são esperadas 329,5 mil toneladas de feijão no período, o dobro do ano anterior.
A segunda safra da soja se destacou no aumento de área plantada. A área de 72,1 mil hectares representa um aumento de 44% em relação ao ano anterior (que era de 50,2 mil hectares), resultando em uma produção de 189,6 mil toneladas, 41% a mais em relação ao ano anterior (134,4 mil toneladas). A primeira safra pode registrar 22,2 milhões de toneladas, se as lavouras se mantiverem em boas condições.
TOMATE – Dos 399 municípios do Estado, 328 plantam tomate e primeira safra da cultura permanece estável em todos eles, evoluindo rapidamente, tendo 94% da cultura já plantada e 43% já colhida e a produção segue dentro do previsto, que é de 170,9 mil toneladas.
BATATA – A colheita da batata de primeira safra segue em ritmo acelerado, com um aumento de 17% nos últimos 24 dias, totalizando 23% da área total colhida. Por outro lado, a produtividade está cerca de 10% menor do que o previsto, uma diferença de 2 mil toneladas, podendo melhorar quando as principais regiões produtoras finalizarem a colheita. Apesar disso, 97% desta safra encontra-se em boa qualidade, favorecida pelo clima.
O preço recebido pelo agricultor ficou menos atraente, representando uma média de R$ 33,20 a saca de 25kg, 21,61% menor que o mês anterior (R$ 42,35). No entanto, a média paga consumidor nos últimos dias é de R$ 3,65 o kg, que mês passado era de R$ 5,85.
CEBOLA – A colheita da cebola aumentou em 33% nos últimos 24 dias, favorecida pelo clima, chegando a 72% da área colhida e com 88% em qualidade boa. 63% da safra está em maturação, 33% em frutificação e 3% ainda em desenvolvimento.
CAFÉ – As expectativas para o café são boas. O clima chuvoso favoreceu a umidade do solo em um momento essencial de frutificação das plantas, que passaram por um momento crítico causado pelas ondas de calor que antecederam as chuvas, abortando algumas flores. A expectativa para a safra atual é uma produção de 42,7 mil toneladas de café. 6% a mais do que o ano passado (40,4 mil toneladas).
A área plantada do café também é destaque, já que parou de diminuir e tem aumentado sutilmente pelo segundo ano consecutivo, representando uma recuperação importante e relação às safras passadas. Para o produtor os preços têm sido atrativos, chegando nos últimos dias a R$ 1975,26 a saca de 60 kg, mais que o dobro que o mesmo período do ano passado (R$ 846,45).
MANDIOCA – A mandioca, que é uma cultura com um ciclo mais longo em relação às outras culturas, tem tido boa produtividade apesar da seca do primeiro semestre. A expectativa é de 3,7 milhões de toneladas, 4% a mais que a última safra (3,6 milhões de toneladas). Apesar dos preços ruins em praticamente metade do ano, próximos do custo, atualmente as cotações dispararam e superam R$ 700, estimulando um aumento de área para 2025.
CANA-DE-AÇÚCAR – Também com um ciclo mais longo, a cana-de-açúcar segue com uma boa produção estimada, de 35,8 milhões de toneladas, 2% a menos que o ano passado (36,6 milhões de toneladas), mas alta considerando o longo período de estiagem.
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