Os serviços de atendimento à urgência e emergência na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e no Litoral do Paraná terão um importante reforço a partir de 1º de agosto, quando um novo helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ficará à disposição para resgates aeromédicos. A data foi definida nesta terça-feira (25) durante uma reunião na sede da PRF em Curitiba com a participação do governador em exercício Darci Piana, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o superintendente da PRF, Fernando César Oliveira.
O novo helicóptero, de última geração, ajudará nos resgates aeromédicos que já são feitos pelo Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas do Paraná (BPMOA). A aeronave foi adquirida por cerca de R$ 30 milhões e será usada para garantir um atendimento ainda mais rápido e de qualidade.
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A ação contará com a participação de equipes de saúde e insumos do Governo do Estado e de prefeituras da região, com médicos e enfermeiros que já estão habituados a esse tipo de trabalho nos helicópteros do BPMOA, e passam por treinamento para atuarem dentro das condições da nova aeronave da PRF. A Polícia Rodoviária Federal vai ceder a tripulação – composta por pilotos, copilotos e operadores táticos –, combustível e manutenção do helicóptero.
Darci Piana fala sobre o novo Helicóptero da PRF e a parceria entre os órgão
Segundo Darci Piana, a parceria entre o órgão federal e os Executivos estadual e municipais vai dar ainda mais agilidade aos resgates em que o tempo é um fator crucial na chance de sobrevivência das vítimas. “O serviço aeromédico do Paraná, que já é prestado pelo BPMOA, agora contará com mais um equipamento moderno que vai ajudar muito a saúde do Estado, aumentando a capacidade e a velocidade do atendimento em acidentes e situações de urgência”, afirmou.
A ministra Nísia Trindade disse que a parceria firmada com o Paraná e os municípios paranaenses, uma das primeiras neste sentido, poderá servir de exemplo para outros estados. “É uma ação inspiradora que permite a descentralização dos atendimentos e que deve servir de inspiração para todo o Brasil, sendo um componente estratégico na resposta às emergências de saúde e que se complementa ao trabalho feito pelo Samu”, afirmou.
SISTEMA PARANAENSE – De acordo com o diretor-geral da Secretaria de Estado da Saúde, César Neves, o Paraná foi um dos primeiros estados a oferecer o serviço aeromédico no Brasil e o que realiza a maior quantidade de atendimentos per capita e nominal nesta modalidade. Ele lembrou que a gestão estadual já aplica quase R$ 100 milhões por ano para a manutenção de uma estrutura formada por oito helicópteros, três aviões e 245 ambulâncias.
“Este helicóptero vai trazer ainda mais robustez a um sistema que já está consolidado no Paraná e que serve de modelo para o resto do País”, disse. “Além dos atendimentos a vítimas em locais de difícil acesso ou que carecem de um encaminhamento rápido, as aeronaves permitem a transferência entre hospitais de pacientes que necessitam do suporte de terapia intensiva”, explicou.
RETOMADA DO ATENDIMENTO – Entre os anos de 2006 e 2016, a PRF fez cerca de 3,2 mil resgates de vítimas no Paraná. Desde então, o serviço havia sido suspenso. Com a nova aeronave, a corporação retoma o atendimento, fortalecendo o apoio ao Sistema único de Saúde (SUS).
O superintendente da PRF no Paraná, Fernando Oliveira, disse que a aeronave permanecerá baseada inicialmente no Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), no bairro Bacacheri, em Curitiba, em um espaço cedido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O órgão, porém, já trabalha em conjunto com a Prefeitura de Colombo para a instalação de um hangar definitivo na cidade daqui um a dois anos.
“A visita da ministra vem coroar este processo de negociação conduzido com o apoio do Governo do Estado e das prefeituras, retomando um serviço que havia sido descontinuado há 10 anos. Curitiba terá a segunda base instalada, depois de Recife (PB), nesse projeto nacional de atendimento aeromédico da PRF”, afirmou Oliveira.
“É um helicóptero maior, moderno e espaçoso, que permite a presença de um acompanhante da vítima e dá mais espaço de movimentação para o médico. Também é possível transformar facilmente essa aeronave de serviço aeromédico para serviço policial, se necessário”, acrescentou.