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Agronegócio

‘Supermercado do mundo’ – Ratinho diz na Expoingá 2023 que Paraná vai industrializar produção para vender

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Para o governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), a Expoingá 2023 está acontecendo em um momento muito propício, com o Paraná alcançando uma safra de grãos muito expressiva e recorde na produção de soja, além de um momento altamente produtivo para o produtor pelos incentivos que vem recebendo.

Segundo Ratinho Júnior, que, juntamente com a presidente da Sociedade Rural de Maringá (SRM), Maria Iraclézia de Araújo, comandou a abertura oficial da Expoingá 2023 na tarde desta sexta-feira, 5, no Parque de Internacional de Exposição de Maringá, o Paraná está deixando de ser somente um produtor de commodities para passar a vender a produção depois de industrializada. “Não seremos só o celeiro do mundo. Seremos também o supermercado do mundo”, disse.

A abertura da Exposição Feira Agropecuária, Comercial e Industrial de Maringá, a Expoingá 2023, no Centro de Eventos II do Parque de Exposição, contou com a presença de secretários de Estado, deputados estaduais e federais, prefeitos de vários municípios da região e de representantes de cooperativas e de empresas ligadas ao setor produtivo e produtores rurais, representados por diretores da Sociedade Rural.

Ao se referir ao bom momento do agro, Ratinho Júnior falou da importância das cooperativas agropecuárias e do crescimento na média de 20% que elas estão alcançando a cada ano. “O Paraná está seguindo para a agroindústria”, disse. “Estamos muito focados ainda na venda de commodities, tudo em grão, mas agora vamos industrializar nossa produção antes de vender”.

Novas indústrias chegando

Segundo o governador, “temos anunciados R$ 30 bilhões de investimentos em novas plantas industriais para atender o agronegócio nos próximos quatro anos”, disse, se referindo a empresas que estão preparando a construção de indústrias para o processamento da produção agrícola e de proteínas.

“Nos próximos dias, por exemplo, vamos inaugurar em Rolândia a maior fábrica de embutidos do mundo”, disse se referindo a uma unidade que a JBS está construindo para a produção de salsichas e empanados com investimento de R$ 1,8 bilhão. Será a maior indústria dessa modalidade no mundo, gerando 2,6 mil novos empregos diretos e 150 novas parcerias com integrados. A atual planta da mesma empresa em Rolândia já emprega 3,7 mil colaboradores diretos.

O governador destacou que a indústria de transformação faz com que o Paraná se consolide como um dos maiores produtores de alimentos do planeta. “É ela que nos transforma agora no supermercado do mundo, industrializando o máximo que pudermos”. Para ele, “as grandes empresas, as cooperativas, as multinacionais estão buscando no Paraná a industrialização e isto é muito bom, pois gera emprego, ajuda no comércio, leva mais renda para todas as cidades”.

O mundo precisa de alimento

Ratinho Júnior disse que se hoje o Paraná já é protagonista como produtor, será muito mais comercializando produtos industrializados. Ele se baseou em um estudo que aponta que o mundo vai precisar produzir 20% mais alimentos nos próximos 10 anos. “E desse tanto que o mundo vai precisar, 80% serão produzidos pela América Latina e desse volume 70% serão produzidos pelo Brasil, onde o Paraná é o maior produtor”.

Ele destacou o papel da Expoingá e de outras festas agropecuárias no fortalecimento do agronegócio. “A Expoingá ajuda a consolidar a liderança na produção de alimentos. Tem shows, tem gastronomia, mas também tem muita tecnologia, maquinários que vêm para facilitar e modernizar o agricultor que está no campo, muitas palestras que vão contribuir para o aprimoramento desse produtor”.

Segundo ele, como parceiro da Sociedade Rural de Maringá, o governo do Estado está representado na Expoingá por sua Secretaria da Agricultura e órgãos que fomentam o setor produtivo, como o Descomplica Rural, que facilita a montagem de granjas, espelhos d’água para a criação de peixes, juro zero para quem quer instalar energia solar, irrigação, armazenagem de grãos.

Momento para agradecer

Para a presidente da Sociedade Rural de Maringá, Maria Iraclézia de Araújo, a abertura da Expoingá é sempre momento de agradecimento, tanto pelo momento para a realização da feira quanto pelas muitas mãos que contribuem para a realização, desde o pessoal da SRM, trabalhadores, às entidades parceiras e às autoridades, como prefeitura, governo, secretarias e os deputados.

A presidente da entidade que organiza a Expoingá citou a importância do produtor rural, tanto pequeno, que garante comida na mesa de todos. Pedindo para que o governador Ratinho Júnior, secretários Ricardo Barros e Norberto Ortigara e outras pessoas para segurarem vasilhas com grãos produzidos no Paraná para enaltecer a importância do grão para alimentar o mundo e de quem o produz.

Pioneiros da Expoingá são lembrados

Quando apareceu para trabalhar na primeira edição da Expoingá, há meio século, ela era a pipoqueira Leodina. Depois de 49 edições da feira e ainda alguns anos sem realização devido à pandemia da covid-19, ela é dona Leodina Soares da Silva Lima, empresária do ramo alimentício, dona de vários estandes e barracas que vendem batata frita e pipoca em todas as feiras agropecuárias do Paraná.

Dona Leodina e Carlinhos, da Lanchonete 25, foram homenageados pela presidente da Sociedade Rural de Maringá, Maria Iraclézia de Araújo, durante a solenidade de abertura da Expoingá 2023 por serem os mais antigos expositores da Expoingá. Ambos participam desde a primeira edição da feira, no início da década de 1970. Segundo Iraclézia, gente como 25 e dona Leodina que fizeram da Expoingá uma das maiores feiras agropecuárias do Brasil.

Expoingá 2023

4 a 14 de maio

Organizada pela Sociedade Rural de Maringá (SRM)

Parque Internacional de Exposições de Maringá

Saiba já:

Agronegócio

Paraná fortalece sistema de sanidade da agroindústria familiar e de pequeno porte

O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf-PR) consolidou em 2024 sua importância para a agroindústria familiar paranaense com a adesão de 62 novos municípios.

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Paraná fortalece sistema de sanidade da agroindústria familiar e de pequeno porte

O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf-PR) consolidou em 2024 sua importância para a agroindústria familiar paranaense com a adesão de 62 novos municípios. Destes, 34 ingressaram de forma independente, enquanto outros 28 optaram pela integração por meio de consórcios municipais. 

Com isso, o Paraná alcançou a marca de 160 municípios certificados, reafirmando seu compromisso com a qualidade sanitária e a ampliação de mercados para os pequenos produtores. A meta do Estado é chegar a 200 cidades integradas ao consórcio até 2026.

Regulamentado em 2020, o Susaf-PR permite que municípios com um Sistema de Inspeção Municipal (SIM) de excelência certifiquem agroindústrias locais, conferindo-lhes o direito de comercializar seus produtos em todo o Estado. O sistema é um grande aliado para o desenvolvimento econômico da agroindústria familiar ao garantir padrões higiênico-sanitários e ampliar as oportunidades de mercado além dos limites municipais.

Durante a Feira Sabores do Paraná, realizada após um hiato de 10 anos, o certificado Susaf foi destaque na cerimônia de abertura. O evento celebrou a força dos produtores familiares e incluiu a entrega do certificado de adesão ao sistema para o município de Sabáudia, e também a um estabelecimento indicado, reforçando a relevância do sistema para o fortalecimento das agroindústrias familiares do Paraná.

Ao longo de 2024, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) intensificou os esforços para aprimorar o sistema. Através do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vegetal (DPAV), promoveu capacitações destinadas aos agentes de inspeção e fortaleceu a integração com os Serviços de Inspeção Municipal (SIM).

Essas ações tiveram como objetivo elevar as práticas de inspeção sanitária e assegurar que os produtos da agroindústria familiar atendam aos mais altos padrões de qualidade, fortalecendo a competitividade dos pequenos produtores no mercado estadual.

ALIMENTAÇÃO – O ano também foi marcado pelo lançamento do IV Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027. O documento reúne diretrizes prioritárias para a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e orienta as políticas públicas no Estado com vistas à construção de um sistema agroalimentar que seja cada vez mais sustentável.

O Paraná apresenta o segundo melhor índice de segurança alimentar e nutricional do País, com atendimento a 82% da população. Do plano anterior, de 2020-2023, foram cumpridas 82,5% das metas. 

Curitiba, 12 de março de 2024 – O governador Carlos Massa Ratinho Jr. participa da adesão da cidade de União da Vitória ao Susaf-PR.

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Agronegócio

Projeto Renda Agricultor Familiar passa a atender 10 mil pessoas no Paraná

O programa, que combina políticas diversificadas para propiciar prevenção e superação das condições de alta vulnerabilidade social, iniciou sua operação em 2015.

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Projeto Renda Agricultor Familiar passa a atender 10 mil pessoas no Paraná

Com mais 677 projetos de renda e inclusão social aprovados neste ano, o Projeto Complementar Nossa Gente Paraná, na modalidade Renda Agricultor Familiar, alcançou 9.996 agricultores beneficiados. O programa, que combina políticas diversificadas para propiciar prevenção e superação das condições de alta vulnerabilidade social, iniciou sua operação em 2015.

Foram investidos aproximadamente R$ 28 milhões do Tesouro do Estado, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop).

Cada um dos beneficiados recebe R$ 6 mil, divididos em duas parcelas. O valor teve reajuste de 100% em agosto deste ano. A primeira parcela é de R$ 4 mil, transferidos diretamente aos responsáveis das famílias beneficiárias por meio de assinatura de adesão e apresentação do projeto de estruturação da unidade familiar produtiva, feito pelo técnico do IDR-Paraná responsável pela assistência técnica em conjunto com a família.

Comprovada a correta execução do valor e o progresso no desenvolvimento do projeto, a segunda parcela é liberada.

O programa destina-se a produtores que possuam renda familiar mensal per capita igual ou inferior à meio salário mínimo. Nesse grupo estão agricultores familiares do Grupo B do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), pescadores artesanais, quilombolas, indígenas e comunidades tradicionais. A estimativa é que no Paraná existam cerca de 110 mil famílias com essas características.

Por serem famílias mais vulneráveis socialmente, o Governo do Estado, por meio das secretarias da Agricultura e do Abastecimento; do Desenvolvimento Social e Família; e Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), com participação dos municípios, famílias e comunidade, instituiu o Nossa Gente Paraná.

Além do repasse de auxílio financeiro, ela recebem os serviços de assistência técnica e extensão rural, possibilitando a implementação de projetos de geração de renda e o acesso a políticas públicas de cidadania, gerando a autonomia dos beneficiários, preservação do meio ambiente e a melhoria dos índices de qualidade de vida.

Também podem participar jovens acima de 18 anos que cursem colégio agrícola ou Casa Familiar Rural e realizem projeto próprio em área cedida pelos pais.

Em 2019 o projeto foi vencedor do Prêmio Sesi ODS, em razão de cumprir Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos na Agenda 2030. Em 2022 foi o terceiro lugar nacional no Prêmio Estratégia ODS Brasil.

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Agronegócio

Safra 24/25 do Paraná pode chegar a 25,3 milhões de toneladas de grãos

Safra 24/25 do Paraná pode chegar a 25,3 milhões de toneladas de grãos

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Safra 24/25 do Paraná pode chegar a 25,3 milhões de toneladas de grãos

Apesar do tempo seco preocupar os produtores em determinado momento, a volta das chuvas manteve boas perspectivas para a safra de verão que começa a ser colhida. Safra 24/25 do Paraná pode chegar a 25,3 milhões de toneladas de grãos

Os dados fazem parte da Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada nesta quinta-feira (19) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A divulgação também conta com a primeira projeção de área para a segunda safra, que pode produzir 16,4 milhões de toneladas, um aumento de 23% sobre os 13,4 milhões produzidos em 23/24.

A estimativa aponta que o milho, com seu importante papel como principal matéria-prima que alimenta frangos, suínos e bovinos, apresentou na segunda safra um aumento sutil na área plantada, que corresponde a 1% a mais em relação ao ciclo anterior (de 2,53 milhões aumentou para 2,56 milhões de hectares), mas que pode render uma grande produção de 15,5 milhões de toneladas, 24% a mais do que a do ano anterior (12,5 milhões de toneladas). As lavouras da primeira safra apresentam ótimas condições e devem ofertar 2,6 milhões de toneladas, 5% mais dos 2,5 milhões do ciclo anterior.

O feijão de segunda safra também ganha destaque. A cultura apresenta uma diminuição de 11% de área plantada, ainda assim a segunda maior já registrada. O volume esperado pode superar em 4% a produção de 23/24 e atingir 694,4 mil toneladas.

A primeira safra, que já apresenta 5% da produção colhida, pode apresentar problemas em função da dificuldade de aplicar fungicidas por causa das chuvas, mas o volume esperado ainda é grande. Ao final da colheita são esperadas 329,5 mil toneladas de feijão no período, o dobro do ano anterior.

A segunda safra da soja se destacou no aumento de área plantada. A área de 72,1 mil hectares representa um aumento de 44% em relação ao ano anterior (que era de 50,2 mil hectares), resultando em uma produção de 189,6 mil toneladas, 41% a mais em relação ao ano anterior (134,4 mil toneladas). A primeira safra pode registrar 22,2 milhões de toneladas, se as lavouras se mantiverem em boas condições.

TOMATE – Dos 399 municípios do Estado, 328 plantam tomate e primeira safra da cultura permanece estável em todos eles, evoluindo rapidamente, tendo 94% da cultura já plantada e 43% já colhida e a produção segue dentro do previsto, que é de 170,9 mil toneladas.

BATATA – A colheita da batata de primeira safra segue em ritmo acelerado, com um aumento de 17% nos últimos 24 dias, totalizando 23% da área total colhida. Por outro lado, a produtividade está cerca de 10% menor do que o previsto, uma diferença de 2 mil toneladas, podendo melhorar quando as principais regiões produtoras finalizarem a colheita. Apesar disso, 97% desta safra encontra-se em boa qualidade, favorecida pelo clima.

O preço recebido pelo agricultor ficou menos atraente, representando uma média de R$ 33,20 a saca de 25kg, 21,61% menor que o mês anterior (R$ 42,35). No entanto, a média paga consumidor nos últimos dias é de R$ 3,65 o kg, que mês passado era de R$ 5,85.

CEBOLA – A colheita da cebola aumentou em 33% nos últimos 24 dias, favorecida pelo clima, chegando a 72% da área colhida e com 88% em qualidade boa. 63% da safra está em maturação, 33% em frutificação e 3% ainda em desenvolvimento.

CAFÉ – As expectativas para o café são boas. O clima chuvoso favoreceu a umidade do solo em um momento essencial de frutificação das plantas, que passaram por um momento crítico causado pelas ondas de calor que antecederam as chuvas, abortando algumas flores. A expectativa para a safra atual é uma produção de 42,7 mil toneladas de café. 6% a mais do que o ano passado (40,4 mil toneladas).

A área plantada do café também é destaque, já que parou de diminuir e tem aumentado sutilmente pelo segundo ano consecutivo, representando uma recuperação importante e relação às safras passadas. Para o produtor os preços têm sido atrativos, chegando nos últimos dias a R$ 1975,26 a saca de 60 kg, mais que o dobro que o mesmo período do ano passado (R$ 846,45).

MANDIOCA – A mandioca, que é uma cultura com um ciclo mais longo em relação às outras culturas, tem tido boa produtividade apesar da seca do primeiro semestre. A expectativa é de 3,7 milhões de toneladas, 4% a mais que a última safra (3,6 milhões de toneladas). Apesar dos preços ruins em praticamente metade do ano, próximos do custo, atualmente as cotações dispararam e superam R$ 700, estimulando um aumento de área para 2025.

CANA-DE-AÇÚCAR – Também com um ciclo mais longo, a cana-de-açúcar segue com uma boa produção estimada, de 35,8 milhões de toneladas, 2% a menos que o ano passado (36,6 milhões de toneladas), mas alta considerando o longo período de estiagem.

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