A deputada estadual Maria Victoria (PP) protocolou nesta terça-feira (26) a criação da Frente Parlamentar do Hidrogênio Renovável na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep). A deputada afirma que a Frente Parlamentar tem o objetivo de trabalhar junto ao Governo do Estado, universidades, instituições de pesquisa, iniciativa privada e outras entidades na elaboração de estratégias efetivas para o desenvolvimento e aplicação do hidrogênio renovável no Paraná.
“A gente quer auxiliar com ações coordenadas e integradas para que o Paraná seja protagonista nessa tecnologia. É uma oportunidade estratégica para atrairmos mais investimentos, estimular nosso parque de pesquisas e mudar o perfil energético econômico do nosso Estado”, pontua Maria Victoria.
A criação da Frente recebeu o apoio dos deputados Alexandre Curi (PSD), Cristina Silvestri (PSDB), Flavia Francischini (União), Paulo Gomes (PP), Delegado Jacovós (PL), Alexandre Amaro (Rep), Moacyr Fadel (PSD), Luis Corti (PSB) e Thiago Buhrer (União).
A deputada reforçou o convite para 1º Fórum de Hidrogênio Renovável do Paraná, organizado pelo Governo do Paraná em parceria com a Assembleia Legislativa. O evento vai discutir as políticas públicas sobre o tema no dia 3 de maio, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.
Estratégico
O hidrogênio classificado como renovável é obtido a partir de fontes renováveis, em um processo de baixa emissão de carbono, e pode ser utilizado na geração de energia, combustíveis e na produção de fertilizantes.
Na justificativa para a criação da Frente, a deputada Maria Victoria explica que a tecnologia do hidrogênio renovável tem despertado interesse em vários países no desenvolvimento dos setores de energia elétrica, gás natural, transporte público, agricultura, industrial, em especial como fonte alternativa de energia limpa e renovável.
“O Governo do Estado, através da Secretaria da Secretaria do Planejamento, está desenvolvendo estudos e parcerias para o desenvolvimento dessa energia limpa no Estado, impulsionando as políticas públicas necessárias ao cumprimento da agenda do Desenvolvimento Sustentável”, aponta o ofício.
A Agência Internacional de Energia (AIE) aponta que o uso do hidrogênio renovável ajudaria a se economizar cerca de 830 milhões de toneladas anuais de CO2, que seriam originados a partir da produção desse gás tendo como fonte os combustíveis fósseis.
Fertilizante
Além da geração de energia, o hidrogênio renovável, ao ser combinado com gás carbônico, gera a produção de ureia, utilizada como fertilizante pelos produtores rurais. Hoje, cerca de 80 % do fertilizante utilizado no país é importado.
“Temos no Paraná características importantes para o desenvolvimento da tecnologia: matriz energética de fontes limpas e renováveis, grande produção agropecuária e um mercado consumidor de fertilizantes”, justifica a deputada Maria Victoria.