A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) começa nesta terça-feira (21) a distribuição da vacina contra a Mpox. Os municípios preconizados para receber as doses são aqueles com o maior número de casos notificados e confirmados da doença e com o maior número de portadores de HIV/Aids (PVHA), dentro de um critério imunológico determinado pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI) seguindo a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), também fazem parte dos grupos prioritários e poderão ser imunizados os profissionais de laboratório entre 18 e 49 anos e aquelas pessoas que tiveram contato direto com fluídos e secreções corporais de casos suspeitos e confirmados de Mpox.
“Mesmo com a queda no número de casos confirmados, a Sesa recomenda a vacinação para o público mais exposto. A vacina é eficaz, segura e previne as formas mais graves da doença evitando internamentos e possíveis mortes. Este é mais um reforço para o fortalecimento do PNI e o Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
A imunização será em duas etapas com intervalo de quatro semanas entre a primeira e a segunda doses. “É muito importante que o público de risco compareça para realizar o ciclo completo da imunização. Cabe ressaltar que a vacinação não deve substituir as demais medidas de proteção individuais já conhecidas”, explica a chefe da Divisão de Vigilância do Programa de Imunização da Sesa, Virginia Dobkowski Franco dos Santos.
DISTRIBUIÇÃO – Conforme critérios estabelecidos pelo MS, das 981 doses recebidas, 424 imunizantes serão dispensados aos municípios preconizados para D1; outros 79 ficarão de reserva técnica no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar). As 424 doses restantes para D2 (50%) serão enviadas aos municípios em tempo oportuno.
Curitiba, por apresentar o maior número de casos confirmados de Mpox nas últimas 12 semanas, receberá um adicional de 28 doses (D1 e D2) para vacinação de contatos de casos suspeitos e confirmados. Por fim, 26 doses (D1 e D2) serão direcionadas para a imunização dos profissionais do Laboratório Central do Estado (Lacen).
CONTRAINDICAÇÕES – De acordo com o Ministério da Saúde, o uso do imunizante é contraindicado para pessoas que apresentem ou possuam histórico de reação alérgica grave após a aplicação de uma dose prévia. Também não é recomendada a administração simultânea deste imunizante com outras vacinas, devendo haver 30 dias de intervalo.
No momento da aplicação da vacina é necessária a supervisão de pessoas que tenham histórico de reação alérgica grave após o uso de gentamicina, ciprofloxacino ou proteína do ovo de galinhas.
Para gestantes e lactantes a vacinação é considerada segura. Pessoas que apresentem quadros febris leves como resfriados também poderão ser vacinadas. Já em casos de doenças febris agudas, é necessário aguardar a recuperação dos sintomas antes da vacinação.
SINTOMAS – A Mpox é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas. A infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo.
Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, aumento dos gânglios linfáticos, calafrios e fadiga. Ao todo, o Estado soma 301 casos positivos da doença, sendo 286 confirmações no público masculino e 15 resultados positivos em mulheres.
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