A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) recebeu, nesta sexta-feira (16), a confirmação do Ministério da Agricultura e Pecuária sobre um caso de Influenza Aviária (gripe aviária) de Alta Patogenicidade (IAAP) registrado em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. No momento, não há registros de casos suspeitos ou confirmados no Paraná.
Diante da situação, o Governo do Paraná mantém protocolos rigorosos de biosseguridade e reforça a necessidade de vigilância contínua. O Estado já opera um sistema avançado de monitoramento em aves silvestres, estabelecimentos comerciais e de subsistência, além de capacitar constantemente os servidores da Adapar.
Em nota técnica, a Adapar destaca que a Influenza Aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos, garantindo que produtos provenientes de estabelecimentos inspecionados são seguros para consumo.
O Paraná é líder na produção e exportação de frangos no Brasil, respondendo por 34% do mercado nacional, com mais de 2 bilhões de aves abatidas em 2024 e US$ 4 bilhões em exportações no último ano. Para preservar esse desempenho, o Estado mantém um decreto de emergência zoossanitária, fortalecendo medidas preventivas e aprimorando a vigilância sanitária.
O secretário de Agricultura e Abastecimento, Marcio Nunes, reafirmou, durante a ExpoIngá, o compromisso do Paraná com ações estratégicas de controle. “Temos um sistema robusto que nos dá a certeza de que não teremos casos no Paraná”, destacou.
Embora China e União Europeia tenham suspendido temporariamente a compra de carne de frango, países como Japão e Arábia Saudita adotam protocolos modernos, prevendo restrições apenas em regiões onde houver casos confirmados.
Com 131 escritórios locais da Adapar, 33 postos de fiscalização nas divisas e parcerias com Prefeituras Municipais e sindicatos rurais, o Estado mantém uma atuação coordenada e eficaz no setor agropecuário.
Segundo Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, os esforços agora se concentram no reforço das barreiras sanitárias, incluindo a suspensão de visitas não essenciais às granjas, controle rigoroso de acesso e desinfecção de veículos e equipamentos.
A Adapar também segue monitorando aves migratórias no Litoral, em parceria com o Centro de Estudos Marinhos da UFPR, garantindo medidas de proteção para propriedades que mantêm galinhas de subsistência.
“A Influenza Aviária circula em todos os continentes há décadas, e o Paraná está preparado para impedir que a doença atinja granjas comerciais”, ressaltou Dias.
O Ministério da Agricultura e Pecuária já iniciou medidas de contenção e erradicação conforme o plano nacional de contingência, assegurando a manutenção da capacidade produtiva do setor e a segurança alimentar da população.