O anúncio da retomada imediata do comércio de carne de frango brasileira com a Malásia representa um reflexo positivo e direto para a economia do Paraná, o maior produtor e exportador nacional.
A suspensão da importação pelo país asiático estava em vigor desde o registro de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. É crucial destacar que as granjas comerciais do Paraná não registraram casos da doença, o que reforça o status de sanidade do Estado e justifica a rápida recuperação do comércio.
O Impacto da Malásia para o Paraná
Embora a Malásia tenha sido o 46º principal destino em 2024, a retomada tem um peso significativo no cenário de segurança e qualidade do produto paranaense:
- Receita Anual: Em 2024, as exportações de carne de frango do Paraná para a Malásia renderam US$ 6,77 milhões (média mensal de US$ 564,55 mil).
- Volume: O Estado exportou 4,35 mil toneladas para a Malásia no período.
Marcelo Garrido, chefe do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), ressalta o valor da notícia:
“A retomada do comércio com todos os países é importante para reafirmar a imagem da carne de frango brasileira, que vende qualidade e sanidade para o mundo. O Paraná terá impacto positivo no retorno das importações pela Malásia, pois é o maior produtor e exportador de frango do País.”
Liderança Nacional Incontestável
O Paraná consolida sua posição como líder nacional na avicultura, sendo responsável por mais de um terço da produção do País:
- Volume de Abate (2º Tri/2025): O Paraná abateu 558,6 milhões de unidades, equivalentes a 34,1% de toda a produção nacional.
- Destaque Regional: O Sul do Brasil domina o segmento, com Santa Catarina (13,7%) e Rio Grande do Sul (11,4%) completando o pódio.
Retirada das Restrições
A Malásia se junta a uma longa lista de países que já retiraram as restrições impostas devido à gripe aviária, demonstrando a confiança internacional na sanidade do produto brasileiro. Dezenas de nações, incluindo África do Sul, Arábia Saudita, Coreia do Sul e Emirados Árabes Unidos, já voltaram a importar.
Apesar dos avanços, o mercado avícola aguarda ansiosamente o retorno de países-chave que ainda mantêm restrições, como o Canadá, a União Europeia e, principalmente, a China.
- A Força da China: “O país costuma comprar em grande volume e pagar valores acima da média em produtos que não são tão valorizados no Brasil, como pés de galinha”, explica Garrido. Em 2024, a China adquiriu 10,9% do total das exportações brasileiras, gerando uma receita de US$ 1,29 bilhão.



