Porta-voz Adam Hodge informa que EUA e Biden estão monitorando o levante armado do Grupo Wagner na Rússia

Repórter Jota Silva
Repórter Jota Silva - Jornalista | Registro Profissional: Nº 0012600/PR
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O governo dos Estados Unidos da América (EUA) está monitorando à situação na Rússia depois que Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner convocou um “levante armado” contra o alto escalão militar russo, informou um porta-voz nesta sexta-feira (23), que acrescentou que o presidente Joe Biden já foi informado.

“Estamos monitorando a situação e vamos manter consultas com nossos aliados e parceiros sobre essa situação em desenvolvimento”, assinalou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adam Hodge.

Prigozhin, cujos frequentes discursos nas redes sociais desmentem seu papel limitado na guerra como chefe da milícia privada Wagner, há meses acusa abertamente o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o principal general da Rússia, Valery Gerasimov, de incompetência e de negar munição e suporte às suas forças.

Com o impasse de longa data entre Prigozhin, líder da milícia Wagner, e o Ministério da Defesa parecendo chegar a um desenlace, o ministério emitiu um comunicado afirmando que as acusações de Prigozhin “não eram verdadeiras e são uma provocação informativa”.

Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo militar russo Wagner, disse que suas ações não foram um golpe militar, ele disse: “Aqueles que destruíram nossos rapazes, que destruíram a vida de muitas dezenas de milhares de soldados russos, serão punidos. Peço que ninguém ofereça resistência”.

Um vídeo não verificado postado em um canal do Telegram próximo do grupo Wagner mostrou uma cena em uma floresta com pequenos incêndios e árvores que pareciam ter sido quebradas à força. Parecia haver um corpo, mas nenhuma evidência direta de qualquer ataque. Trazia a legenda: “Um ataque com míssil foi lançado nos acampamentos da CMP [Companhia Militar Privada] Wagner. Muitas vítimas. Segundo testemunhas oculares, o ataque foi desferido pela retaguarda, ou seja, foi desferido pelos militares do Ministério da Defesa Russo.”

Prigozhin tem tentado explorar seu sucesso no campo de batalha – obtido a um enorme custo humano – para criticar Moscou publicamente com aparente impunidade.

“Somos 25.000 e vamos descobrir por que o caos está acontecendo no país”, disse ele, prometendo enfrentar quaisquer postos de controle ou forças aéreas que estivessem no caminho do Wagner.

“Vamos considerar uma ameaça qualquer um que tente resistir e destruí-los rapidamente”, disse ele.

Interlocutores afirma que os combatentes do Wagner provavelmente ficarão ao lado de Prigozhin.

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