O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se manifestou nesta sexta-feira (12) sobre a decisão dos Estados Unidos de revogar as sanções impostas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida, anunciada pelo governo de Donald Trump sem justificativa, excluiu Moraes, sua esposa e suas empresas da Lei Magnitsky.
Ferreira classificou a decisão como parte de um “cenário complexo” e rechaçou qualquer tentativa de atribuir a responsabilidade pela ação geopolítica dos EUA aos brasileiros ou aos parlamentares que, segundo ele, enfrentam a “tirania instalada” no país.
“Atribuir ao povo brasileiro ou aos parlamentares a responsabilidade por uma decisão geopolítica tomada pelos Estados Unidos não é apenas um erro de análise – é uma fraude intelectual,” escreveu o deputado em uma postagem na rede social X. Ele ainda a descreveu como uma tentativa de simplificar o cenário e deslocar a responsabilidade de forma injusta.
Atribuir ao povo brasileiro ou aos parlamentares a responsabilidade por uma decisão geopolítica tomada pelos Estados Unidos não é apenas um erro de análise – é uma fraude intelectual. Trata-se de uma tentativa conveniente de simplificar um cenário complexo, deslocando…
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) December 12, 2025
Ações contra a “Tirania Instalada”
O parlamentar enfatizou o alto preço pago por quem, no Brasil, enfrenta o que chama de “tirania instalada”. Para ele, criticar esses indivíduos é “perverso”.
“Sou testemunha do árduo trabalho dos meus colegas parlamentares na busca pela liberdade do país, contra os abusos do judiciário e do governo petista,” afirmou Ferreira, reforçando a luta de seus pares.
Apelo à união da direita
Ao final de sua postagem, Nikolas Ferreira fez um apelo pela união da direita, destacando a necessidade de “lucidez, caráter e união” para o país.
“O país não precisa de bodes expiatórios nem de narrativas infantis,” declarou. “Dividir o povo e quem os representa é o último recurso de quem já perdeu qualquer compromisso com a verdade. Unir-se, neste momento, não é opção retórica – é condição de sobrevivência moral e política.”
Contexto das sanções iniciais
As sanções da Lei Magnitsky foram impostas a Alexandre de Moraes e, posteriormente, à sua esposa, Viviane Barci, em 30 de julho, durante o governo Trump. A justificativa oficial para a sanção era a violação sistemática dos direitos humanos por Moraes, especificamente a censura a cidadãos brasileiros e norte-americanos.
A sanção, informada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos EUA, resultou no bloqueio de todos os bens de Moraes nos EUA e impediu o ministro e sua mulher de realizarem transações com cidadãos e empresas americanas, incluindo o uso de cartões de crédito de bandeira americana.
É importante notar que a retirada das sanções não é um caso isolado, havendo precedentes de recuo dos EUA em situações similares envolvendo autoridades de países como Israel e Paraguai.


