Moro deve assumir o União Brasil no Paraná e se articula para o governo em 2026

Repórter Jota Silva
Senador Sérgio Moro (União-PR)

O senador Sergio Moro (União Brasil) assumirá a presidência do diretório paranaense do partido, em um acordo de bastidores que encerra a disputa interna com o deputado federal Felipe Francischini. A negociação, que será anunciada nas próximas horas, fez com que Moro retirasse um pedido de intervenção no diretório que seria julgado nesta semana.

Com a mudança, Moro pavimenta sua candidatura ao governo do Paraná em 2026. A liderança do partido lhe garante acesso a um fundo partidário robusto e a um tempo significativo de rádio e TV, fortalecendo sua posição na corrida pelo Palácio Iguaçu.

Detalhes do Acordo e as Implicações Políticas

O acordo prevê que Francischini renuncie à presidência, mas mantenha a maioria da composição do diretório. Moro assumirá o comando e indicará apenas o tesoureiro, enquanto os demais cargos permanecerão com aliados de Francischini.

A tensão entre Moro e Francischini era pública desde o fim das eleições de 2024. Enquanto Moro buscava o controle do partido para garantir sua candidatura, Francischini acenava com uma aliança ao grupo do governador Ratinho Junior (PSD). No entanto, o recente desgaste na relação entre União Brasil e o governo estadual, especialmente após a exoneração de diretores do Detran ligados ao partido, abriu o caminho para a candidatura de Moro.

Para 2026, a principal meta de Francischini é renovar seu mandato na Câmara dos Deputados. Uma das opções em análise é a migração para o Podemos, partido que já ofereceu a presidência da legenda no Paraná.

Cenário de Migração Partidária

A ascensão de Moro no União Brasil deve provocar uma “onda migratória” de políticos alinhados a Ratinho Junior. Muitos deputados federais e estaduais, como Pedro Lupion (PP), estão mais próximos do governador do que do partido. A janela partidária em março do próximo ano é vista como o período ideal para essa movimentação.

Com o mandato de senador garantido até 2030, Moro tem agora a segurança de sua candidatura e deve começar a articular sua campanha. A união com Ricardo Barros, que tem vasta experiência em estratégia eleitoral, pode ser um fator crucial. No entanto, resta a dúvida se a parceria será em uma aliança real ou se cada um seguirá cuidando de seus próprios objetivos.

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