Dois servidores da Prefeitura de Maringá estão sob investigação na segunda fase da Operação Cold Meal, lançada nesta quinta-feira, 19, pela Polícia Federal. Eles são suspeitos de serem cúmplices de empresários em fraudes licitatórias. As apurações envolvem a emulação do caráter competitivo das licitações, formação de organizações criminosas, lavagem de dinheiro e outros crimes relacionados, além de possíveis desvios de recursos públicos.
A investigação teve início a partir de uma denúncia anônima sobre um suposto desvio de verbas públicas provocadas por fraudes em licitações realizadas pela Prefeitura durante a pandemia de COVID-19, que resultaram em prejuízo de aproximadamente R$ 1,7 milhão aos cofres públicos.
Na primeira fase da operação, foram encontrados vários indícios que confirmam a prática de fraudes em licitações na cidade de Maringá e seus arredores, abrangendo não apenas os casos que ocorreram durante a crise sanitária global.
Detectaram-se sinais de que empresários agiam em conluio, promovendo uma simulação de concorrência, combinação de preços e lotes, e participando de várias licitações já com a definição prévia de vencedores e elevação de preços dos produtos. Um outro método identificado foi o uso de notas fiscais falsificadas para manipular o reequilíbrio de preços dos contratos, o que resultava em um aumento dos valores recebidos.
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