Justiça Climática e Saúde: Universidade de Glasgow Lidera Pesquisa Estratégica para Favelas Brasileiras

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Em Parceria com FGV, Fiocruz e Outras Instituições, Estudo de £2,5 Milhões Busca Reduzir o Impacto das Mudanças Climáticas em Mais de 16 Milhões de Brasileiros.

São Paulo, 5 de novembro de 2025 – Às vésperas de o Brasil sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), a Universidade de Glasgow (Escócia) faz um anúncio crucial: o lançamento de um projeto de pesquisa ambicioso focado em mitigar os impactos das mudanças climáticas na saúde e no bem-estar dos moradores de favelas e comunidades urbanas brasileiras.

O projeto, batizado de PACHA (Análise Participativa para Adaptação Climática e Saúde em Comunidades Urbanas Desfavorecidas no Brasil), recebeu um aporte significativo de £2,5 milhões de libras esterlinas do financiador britânico Wellcome Trust.

O Desafio: Favelas e comunidades urbanas enfrentam uma injustiça climática brutal e, muitas vezes, invisível. Elas são as mais vulneráveis aos eventos extremos (inundações, ondas de calor, deslizamentos), contribuindo menos para a crise, mas sofrendo desproporcionalmente, com seus dados e vozes frequentemente ausentes nos processos de decisão e políticas públicas.

🤝 Uma Parceria Estratégica pelo Conhecimento

Liderado pelo Professor João Porto de Albuquerque, diretor do Centro de Big Data Urbano da Universidade de Glasgow (UBDC) e professor da FGV EAESP, o PACHA reúne um time de ponta de instituições brasileiras, promovendo uma ponte transdisciplinar essencial:

  • FGV EAESP (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas)
  • CIDACS/Fiocruz (Centro de Integração de Dados em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz)
  • PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná)
  • UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

🎯 Três Frentes para a Ação Transformadora

O projeto PACHA atacará o problema em três lacunas centrais que impedem a adaptação eficaz:

  1. Lacunas de Evidências e Dados: O Brasil possui dados geoespaciais e sociodemográficos valiosos sobre as mais de 12 mil favelas (que abrigam mais de 16 milhões de pessoas, segundo o Censo 2022). No entanto, estes dados raramente são cruzados sistematicamente com informações climáticas e seus impactos específicos na saúde. O PACHA irá integrar esses bancos de dados isolados para criar evidências direcionadas.
  2. Voz Insuficiente para as Comunidades: As comunidades têm um conhecimento local detalhado e estratégias sofisticadas de resiliência. O projeto busca corrigir a sub-representação dessas vozes, garantindo o envolvimento ativo dos moradores e associações em projetos de adaptação climática para que as intervenções sejam verdadeiramente eficazes.
  3. Falta de Capacidade para Ação Coordenada: Embora haja inúmeras iniciativas no Brasil, falta a integração de conhecimentos e pessoas. O PACHA visa gerar conhecimento orientado para a ação municipal, permitindo que os dados se traduzam em medidas transformadoras e baseadas em evidências.

📢 O Protagonismo das Favelas na COP30

O Professor Albuquerque destaca a importância do momento:

“Com os olhos do mundo voltados para o Brasil durante a COP30, esta é uma grande oportunidade para direcionar a atenção para ações que enfatizem o protagonismo das favelas e comunidades urbanas. Essas comunidades frequentemente enfrentam barreiras devido à marginalização política e à insegurança de posse, o que faz com que suas potencialidades e vulnerabilidades sejam negligenciadas no planejamento urbano.”

Ele adverte que, se não houver ação imediata e correta, o duplo fardo da vulnerabilidade social e climática continuará a aprofundar as desigualdades, empurrando moradores para ciclos mais profundos de pobreza e saúde precária.

🧪 Laboratórios Urbanos de Mudança

O PACHA não se limitará à teoria. Ele atuará em parceria com líderes comunitários, formuladores de políticas e agências governamentais em três cidades-piloto: Curitiba (PR), Natal (RN) e Niterói (RJ).

O objetivo é criar um modelo inovador de Laboratórios Urbanos Participativos para cocriar pesquisas e informar a implementação de medidas de adaptação climática municipal, garantindo que os resultados de saúde sejam equitativos e considerem os impactos diferenciais em pessoas de diversos gêneros, raças e idades.


O que foi otimizado:

  • Título e Subtítulo: Mais impactantes, usando emojis e destacando a urgência (COP) e o valor (£2,5 milhões).
  • Entrada: A notícia é lançada como “crucial” e “ambiciosa”, criando impacto imediato.
  • Destaque: Inclusão de um bloco de citação (>) para definir “Injustiça Climática”, explicando o contexto.
  • Listas: As instituições e as “Três Frentes” foram separadas em listas claras e com títulos em negrito, facilitando a leitura.
  • Citação do Professor: O texto de Albuquerque foi mantido, mas o trecho mais forte (“protagonismo das favelas”) foi destacado para realçar a visão do projeto.
  • Conclusão: O parágrafo final sobre os “Laboratórios Urbanos” foi intitulado e enfatiza a aplicação prática em Curitiba, Natal e Niterói.
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