Jamaica sob alerta máximo com Furacão Melissa, categoria 5 e ventos recordes

Redação Saiba Já News

O furacão Melissa, classificado como Categoria 5 – a mais alta na escala Saffir-Simpson – pelo Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA, começou a atingir a Jamaica nesta segunda-feira (27) com rajadas violentas. Com ventos sustentados de 265 km/h, Melissa registra os maiores ventos já observados na ilha caribenha.

O NHC alerta que o furacão, em virtude de seu movimento lento sobre as águas mornas do Caribe, pode trazer ventos catastróficos nunca antes vistos e até 90 centímetros de chuva para a Jamaica.

“Isso resultará em grandes danos à infraestrutura, interrupções duradouras de energia e comunicação, além de comunidades isoladas”, destacou o NHC.

Evan Thompson, do Serviço Meteorológico da Jamaica, salientou que embora o país tenha histórico de grandes furacões, como o Gilbert (Categoria 4) em 1988, o impacto direto de um Categoria 5 seria sem precedentes.


Trajetória e Impactos em Outros Países

Além da Jamaica, Cuba, o leste das Bahamas e as Ilhas Turcas e Caicos estão na trajetória prevista da tempestade, que deve seguir para norte e leste, em direção às Bermudas, no final desta semana.

  • Localização Atual: Às 13h (horário de Brasília) desta segunda-feira, Melissa estava a 230 km a sudoeste de Kingston (Jamaica) e a cerca de 530 km a sudoeste de Guantánamo (Cuba).
  • Movimento: Embora avançasse lentamente (5 km/h) para o oeste, o furacão deve fazer uma curva norte-nordeste, atingindo a Jamaica entre a noite de segunda e terça-feira.
  • EUA: Espera-se que o furacão permaneça bem afastado da costa dos Estados Unidos, causando apenas ondas fortes e pequenas inundações costeiras na Costa Leste.

Preparo e Evacuações em Massa

Cuba se prepara para a chegada da tempestade na metade oriental do país, esperada para a noite de terça-feira. As autoridades cubanas evacuaram mais de 500 mil pessoas de áreas costeiras e montanhosas vulneráveis.

  • Mais de 250 mil pessoas foram levadas para abrigos ao redor de Santiago de Cuba, a segunda maior cidade, que está bem no centro da trajetória prevista.
  • Aulas, ônibus e trens foram cancelados por tempo indeterminado em todo o leste de Cuba. A capital, Havana, não deve ser impactada diretamente.

A situação já é crítica em algumas comunidades. Damian Anderson, professor em Hagley Gap, na Jamaica, relatou que estradas intransitáveis já isolaram sua comunidade: “Não podemos nos mexer. Estamos com medo. Nunca vimos um evento de vários dias como este antes.”

Haiti e República Dominicana, países vizinhos, já registraram dias de chuvas torrenciais que causaram pelo menos quatro mortes, segundo autoridades locais.

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