Durante o último mês de julho, a Unidade de Processamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA), pertencente à Petrobras, atingiu a maior proporção histórica diária de processamento na camada do pré-sal, alcançando 73%.
No mês em que a marca foi atingida, a UTGCA recebeu 13,3 milhões de m³/d de gás não processado, ofertando ao mercado 12,7 milhões m³/d de gás natural especificado.
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As unidades de processamento recebem um gás não comercializável proveniente de plataformas marítimas. Após o tratamento na unidade de processamento, esse gás se torna três produtos: Gás Natural, porção mais leve da mistura; GLP (gás de botijão); e o C5+, porção mais pesada, sendo um produto intermediário cujo processamento é finalizado na Refinaria REVAP do sistema Petrobras, em São José do Campos (SP).
O projeto inicial da UTGCA previa apenas o processamento de gás proveniente de poços do pós-sal, usualmente denomidado de “gás pobre” por ter uma alta concentração de metano, principal componente do gás natural comercializado no Brasil. Com o início da exportação de gás das plataformas do pré-sal, a unidade foi adequada para permitir uma mistura dos gases na ordem de 50% para gás rico (pré-sal) e 50% para gás pobre (pós-sal).
Após a autorização especial 836/2020, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que flexibilizou o limite mínimo no teor de metano de 85% para 80% na especificação do gás natural, e a realização de melhorias operacionais, a unidade conseguiu elevar essa proporção, permitindo um maior processamento de gás rico e o alcance da marca histórica.
Unidade da Petrobras em Caraguatatuba
O Diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, Willian França, comemora os ganhos nos últimos anos. “O aumento da proporção de gás do pré-sal no processamento da unidade, desde a concessão da autorização especial da ANP, trouxe importantes benefícios para a produção”, comemora França. “De novembro de 2020 a julho de 2023, as iniciativas implementadas na Unidade de Caraguatatuba permitiram um ganho de aproximadamente 2,4 bilhões de m³ de gás natural e 617 mil m³ de GLP”, completa.