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Meio Ambiente e Clima

Governo Federal amplia efetivo de combate a incêndios no Pantanal

Com o intuito de combater o incêndio que atinge a região norte do Pantanal, o Governo Federal reforçou, o envio de brigadistas e equipamentos em uma ação integrada com o governo do Mato Grosso.

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Reunião de emergência na sala de situação da sede do Ibama em Brasília, com representantes do Governo Federal e do estado de Mato Grosso. Foto Gil FerreiraAscom-SRI

Com o intuito de combater o incêndio que atinge a região norte do Pantanal, o Governo Federal reforçou, o envio de brigadistas e equipamentos em uma ação integrada com o governo do Mato Grosso. Ibama e ICMBio enviaram 90 brigadistas e quatro aeronaves, dobrando o efetivo na região. Mais 209 servidores federais atuam no combate ao fogo em outros locais do Pantanal, totalizando 299 no bioma.

Nós estamos atuando no Pantanal desde a transição do Governo, quando aprovamos o aumento de recursos para aumentar a equipe de brigadistas na região. Tivemos um aumento de 23% na equipe no Mato Grosso. Estamos fazendo um trabalho conjunto com o governo do Estado e vamos intensificar as ações”

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima

Além disso, foram enviadas mais três aeronaves: do Ibama, do ICMBio e da Polícia Rodoviária Federal (PRF),  equipamentos e um caminhão do Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo).

Em reunião de emergência com o governador em exercício de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), os presidentes do Ibama (Rodrigo Agostinho) e do ICMBio (Mauro Pires), além de técnicos dos órgãos federais e do governo estadual, firmaram o compromisso de trabalhar em conjunto para combater o fogo.

“Nós estamos atuando no Pantanal desde a transição do Governo, quando aprovamos o aumento de recursos para aumentar a equipe de brigadistas na região. Tivemos um aumento de 23% na equipe no Mato Grosso. Estamos fazendo um trabalho conjunto com o governo do Estado e vamos intensificar as ações”, destacou a ministra Marina.

CONTEXTO – Em 21 de outubro, três raios atingiram o Parque Nacional (Parna) do Pantanal, a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dorochê e propriedade particular próxima. Desde então, 47 brigadistas federais se concentram na região. O fogo alcançou 27 mil hectares no Parna, e 23 mil hectares na RPPN. No Parque Estadual Encontro das Águas, o combate é realizado pelo Corpo de Bombeiros do Estado. Lá, quase 36 mil hectares de vegetação foram queimados.

“Estamos enviando equipe e equipamentos por via terrestre para que a gente possa fazer os atendimentos necessários. Com os ventos intensos e o calor, o incêndio está entrando no Mato Grosso do Sul. Estamos dialogando com as autoridades porque também daremos suporte ao estado. É uma crise grave e eles têm toda nossa atenção”, disse o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

PLANO DE AÇÃO – De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pantanal ocupa 1,8% do território nacional e abrange parte dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As tipologias de vegetação do Cerrado são predominantes nesse bioma, ocorrendo também vegetação semelhante à caatinga e pequenas áreas com florestas. Em maio, foi lançado o Plano de Ação para o Manejo Integrado do Fogo no Pantanal, que resultou em ações de prevenção para evitar o espalhamento do fogo.

“Nós seguimos a orientação do presidente Lula em atuar transversalmente com outros ministérios. Estamos fazendo a conexão entre estados e municípios e outros órgãos, para que a gente consiga trabalhar de forma articulada na atuação e apoio integral ao governo do estado para combater o incêndio”, destacou o ministro Waldez Góes.

» Fotos em alta resolução (Flickr)

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Meio Ambiente e Clima

No Paraná, nova fase do projeto Rio Vivo começa com a soltura de 100 mil peixes no Rio Ivaí

A reinserção no Ivaí se deu por meio de lambaris e dourados, espécies nativas do Paraná, todos em estágio juvenil de desenvolvimento, ou seja, com maior índice de sobrevivência se comparado às solturas de alevinos.

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No Paraná, nova fase do projeto Rio Vivo começa com a soltura de 100 mil peixes no Rio Ivaí

Com direito a rally fluvial para a limpeza de rios e a soltura de 100 mil peixes na bacia do Ivaí, começou oficialmente nesta sexta-feira (15), em Mirador, no Noroeste do Paraná, a segunda etapa do projeto Rio Vivo. A ação prevê a conservação das principais bacias hidrográficas do Paraná, otimizando os usos da água e trabalhando na recomposição da ictiofauna e preservação dos ecossistemas locais.

A reinserção no Ivaí se deu por meio de lambaris e dourados, espécies nativas do Paraná, todos em estágio juvenil de desenvolvimento, ou seja, com maior índice de sobrevivência se comparado às solturas de alevinos.

Essa nova fase do Rio Vivo prevê a soltura de 2,626 milhões de peixes nas bacias dos rios Tibagi, Piquiri, Iguaçu e Ivaí – no ciclo inicial, entre 2021 e 2022, foram soltos 2,615 milhões de peixes.

A meta é repovoar as bacias locais com 10 milhões de animais, de espécies como traíra, pacu e pintado, até 2026. O investimento neste segundo ciclo é de R$ 557,8 mil. O projeto é coordenado pela Superintendência Geral de Bacias Hidrográficas e Pesca (SBHP), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

“O Rio Vivo, além da recuperação dos estoques da ictiofauna local, ajuda na educação ambiental com o envolvimento de crianças e da população ribeirinha em ações de plantio de mudas em áreas de mata ciliar, limpeza de rios e cuidados com a natureza. Uma ação completa para o meio ambiente e a sustentabilidade do Paraná”, afirmou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza.

“É a política que o governador Ratinho Junior nos pede, de investir em programas que impliquem na melhoria da qualidade da água das bacias do Paraná e também na população de peixes dos nossos rios. É o que estamos fazendo aqui em Mirador, com a soltura de 100 mil dourados e lambaris”, acrescentou ele.

Superintendente-geral das Bacias Hidrográficas e Pesca do Paraná, Francisco Martin ressaltou que a reinserção de peixes nativos nos rios do Estado, também chamada de repovoamento, garante o incremento e o desenvolvimento de espécies nativas das bacias do Paraná, auxiliando na expansão populacional de espécies essenciais para o equilíbrio do ecossistema.

“O Rio Vivo é o maior trabalho de repovoamento de peixe na história do Paraná, um reconhecimento das nossas vocações hídricas e da pesca esportiva. Essas ações demonstram como o Paraná é referência em sustentabilidade”, afirmou Martin.

RALLY FLUVIAL – Outro destaque é a colaboração com eventos de turismo de pesca, que atraem um grande número de pessoas todos os anos no Estado. Foi o caso do 23º Rally Fluvial SOS Rio Ivaí. A corrida ambiental saiu de São Carlos do Ivaí no início da tarde desta sexta-feira (15), passou por Mirador e tem chegada prevista para domingo (17), no distrito de Porto Camargo, em Icaraíma, também no Noroeste. Durante todo o percurso, de cerca de 200 km, houve o recolhendo de lixo das águas.

A atividade de soltura de peixes nativos se deu apenas em Mirador. O evento contou com a participação de centenas de pessoas. “Esse evento é parte de um grande projeto do Governo do Estado de desenvolvimento do turismo sustentável na região Noroeste. Há ações em andamento que vão asfaltar os acessos aos pontos de pesca, pontes que ligarão municípios e fomento ao turismo local. Esse é o Paraná que dá certo”, afirmou o secretário de Estado do Turismo, Márcio Nunes.

VIDA NOVA – Turismo que mudou a vida do guia de pesca Marcelo Marin. Ele trocou o emprego em uma usina na região pelo barco. Hoje, leva e traz turistas e pescadores interessados em desbravar o Ivaí por meio da modalidade pesque e solte. “Não me arrependo um segundo. Faço o que eu gosto, trabalho com o que gosto. Isso aqui é minha vida”, disse ele.

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Meio Ambiente e Clima

Fundo Clima: Brasil quer capital estrangeiro para financiar transformação ecológica

Para a ministra Marina Silv; “O G20 é detentor de 80% dos recursos da economia global, tanto recursos financeiros, quanto recursos tecnológicos e humanos de altíssima qualidade

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Ministra Marina Silva

Um dos eixos do Plano de Transformação Ecológica, lançado em 2023 pelo governo federal para transição dos meios produtivos para modelos sustentáveis, reúne políticas públicas que viabilizarão financeiramente a estratégia. São ações que já estão em andamento, como a emissão de títulos sustentáveis e reforço do Fundo Clima; ou estão prestes a serem implementadas, como mercado de carbono e a criação do imposto seletivo, que prometem uma estrutura econômica com vantagens para a mudança.

Mas se por um lado a primeira emissão dos chamados “títulos verdes”, no valor de US$ 2 bilhões, despertou o interesse de investidores em larga escala, em sua maioria da Europa e América do Norte, o governo federal reconhece que a participação do capital privado internacional na transformação ecológica ainda é um desafio evidenciado pelas características econômicas de um país em desenvolvimento.

Uma moeda sem estabilidade, falta de segurança para investimentos em longo prazo e o alto custo do crédito são barreiras a serem superadas para que o plano possa ser economicamente sustentável.

Atualmente, segundo dados apresentados pelo Ministério da Fazenda, no Brasil, apenas 6% dos recursos destinados a financiamento de longo prazo para iniciativas sustentáveis têm origem no setor privado. No balanço dos países emergentes, essa participação chega a 14%, mas parece insignificante, quando comparada aos investimentos nesse tipo de iniciativa nos países desenvolvidos, onde o capital privado garante 81% dos financiamentos de longo prazo no setor.

Para a ministra Marina Silva, essas barreiras precisam cair para que se possa cumprir uma agenda que garantirá o equilibro do planeta e a manutenção da vida. “O G20 é detentor de 80% dos recursos da economia global, tanto recursos financeiros, quanto recursos tecnológicos e humanos de altíssima qualidade, mas também o G20 tem mais de 80% das emissões de CO2, portanto, se fizermos a correta integração entre esforço de setor público e esforço do setor privado a gente pode fazer a diferença”, destaca.

G20

Em fevereiro, durante a presidência do Brasil no G20, o governo apresentou ao grupo que reúne as maiores economias globais uma agenda da economia descarbonizada (Eco Invest Brasil), com estratégias para atrair investimentos da iniciativa privada internacional.

A proposta abre linhas de financiamento ofertadas por meio do Fundo Clima, que, em 2023, foi fortalecido com a disponibilização de R$ 10 bilhões, para serem geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De acordo com o Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a proposta é utilizar esse recurso para mobilizar o capital privado, dentro e fora do país; estimular o crescimento desse mercado, sem concorrer com o setor; promover a eficiência de projetos; e a competição entre as iniciativas, por meio de uma atuação em rede, que envolva instituições do governo, instituições financeiras e bancos multilaterais.

“Nós não estamos criando aqui um mosaico de coisas pra ver se vai dar certo. Nós temos eixos estratégicos, nos quais levaremos esses investimentos para que, de fato, se crie um novo ciclo de prosperidade no Brasil”, ressaltou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante a apresentação.

Foram apresentadas quatro linhas de financiamento que visam ganhar definitivamente a confiança do mercado de investimento internacional. Uma com recursos do Fundo Clima e de outras fontes não reembolsáveis, com custo de crédito competitivo, prazo de 25 anos e proteção cambial, para investimentos mistos com maior participação de capital externo e que tem o objetivo de integração de empresas brasileiras no sistema financeiro global.

A segunda linha viabilizada pela oferta de títulos sustentáveis, para investimentos de longo prazo, mas com facilitação de recompra caso o investidor tenha interesse.

A terceira linha é voltada para investimentos em iniciativas sustentáveis no país, que apresentem as chamadas “soluções de derivativos”, ou seja, estejam vinculados a outros ativos como commodities, por exemplo, que garantem a proteção cambial. Para esse tipo de contrato, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ofereceu ao Banco Central US$ 3,4 bilhões.

A última linha de crédito servirá para fomentar projetos sustentáveis estruturados, com assistência técnica do BID e carências para as etapas de estruturação, operacionalização e retorno das propostas. O BID também disponibilizou outros US$ 2 bilhões para somar aos recursos do Fundo Clima, nessa linha.

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