O novo ministro da Fazenda (antigo ministério da economia), Fernando Haddad, que substituiu o economista Paulo Guedes na pasta, atacou hoje (2), durante cerimônia de posse ao cargo, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e ao falar sobre a estrutura fiscal e desonerações, disse portanto que o aumento “irresponsável” de dispêndios e algumas renúncias fiscais (benefícios a empresários) promovidas pelo governo anterior totalizariam um suposto rombo avaliado por ele em R$ 300 bilhões aos cofres públicos, mas que isso será revisto pelo governo Lula (PT).
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Ele acrescentou que enviará ao Congresso Nacional uma proposta de medidas visando ampliar a confiança de investidores e cidadãos na política econômica, por meio de um “plano de sustentabilidade social, ambiental e econômica de longo prazo”.
“O arcabouço fiscal (estrutura fiscal) que queremos remeter ao Congresso, logo no primeiro momento, terá premissas confiáveis. Assim também, vai demonstrar tecnicamente a sustentabilidade das nossas finanças, abraçando o financiamento do guarda-chuva de programas prioritários do governo. Ao mesmo tempo garantirá a sustentabilidade da dívida pública. Não existe mágica, bala de prata ou malabarismo financeiro. O que existe é a garantir um Estado fortalecido com previsibilidade econômica, confiança, transparência”, disse Haddad.
Estrutura fiscal e desonerações – O ministro disse ainda que a situação econômica do país foi prejudicada por medidas eleitoreiras praticadas pelo governo de Jair Bolsonaro. E que essa mediadas distribuiu “benesses e desonerações fiscais para empresas e amigos, desobedecendo qualquer critério que não fosse ganhar a eleição a todo custo”.