Notícias Corporativas
Censo aponta tendências de queda na população
Dados do Censo 2022 do IBGE mostram um menor crescimento da população, que reduziu o número de filhos e está preferindo se fixar em cidades de médio porte; número de domicílios subiu 34%, mas parte deles não é ocupada
Os brasileiros estão envelhecendo mais, gerando menos filhos e migrando mais para cidades menores. Estas são as conclusões dos primeiros resultados do Censo 2022, que foram apresentados nesta quarta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento demográfico mostrou que o Brasil tem atualmente o total de 203.062.512 habitantes, distribuídos por 90,7 milhões de domicílios, número 6,5% maior que o apurado no último Censo, ocorrido em 2010.
O acréscimo foi de 12,3 milhões de pessoas no período, mas resultou em uma taxa de crescimento de 0,52%, a menor desde o primeiro recenseamento do país, em 1872. O resultado conseguiu ser menor até que a estimativa da prévia do próprio Censo 2022, divulgada em 28 de dezembro, que foi de 207.750.291 habitantes em mais de 75 milhões de domicílios.
Uma possível explicação está na queda das taxas de fecundidade da população. Esse dado específico ainda sairá nas próximas etapas de divulgação do Censo, mas pesquisas anteriores já apontavam essa tendência. Segundo o estudo “Fecundidade e Dinâmica da População Brasileira”, elaborado em 2019 pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) com base nos censos anteriores do IBGE, a média de filhos por mulher caiu de 6,28 em 1960 para 1,87 em 2010.
Segundo o professor e economista Saumíneo Nascimento, doutor em Geografia e vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Tiradentes, o ritmo do crescimento populacional aumentou a partir da década de 1940, com o processo de redução dos níveis da mortalidade e a manutenção dos altos níveis de fecundidade vigentes à época, mas começou a cair duas décadas depois. “No começo dos anos 1960, inicia-se lentamente o declínio dos níveis de fecundidade, e, a partir de 1970, já é possível verificar, por meio dos dados dos Censos Demográficos, a redução do crescimento populacional. As famílias estão tendo cada vez mais menos filhos, e a fecundidade no Brasil está em um declínio maior que o esperado”, afirmou ele.
Com a queda da população e da fecundidade, especialistas já começam a atestar o envelhecimento. A atualização da pirâmide etária da população também será divulgada nas próximas etapas do Censo, mas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada em 2022 pelo próprio IBGE, já traz uma porcentagem menor nos grupos etários mais jovens (que são a base da pirâmide) e, ao mesmo tempo, um aumento dos grupos de idade que ficam no topo. “Em 2012, a proporção de pessoas abaixo de 30 anos de idade era de 49,9% (quase metade da população); já em 2021, o percentual foi para 43,9%. E certamente, quando sair essa nova pirâmide etária, o percentual será menor que o de 2021”, projeta Saumíneo.
Por outro lado, o total de domicílios no Brasil teve um aumento de 34% nos últimos 12 anos. Dos 90,5 milhões de domicílios particulares permanentes existentes hoje, 72,4 milhões (80%) encontravam-se ocupados (com ou sem a realização de entrevistas) na data de referência do Censo 2022. Outros 11,4 milhões estavam vagos (sem a presença de moradores), representando 12,6% do total de domicílios particulares permanentes – e um crescimento em relação aos 9,0% verificados em 2010. “Ou seja, tem gente comprando imóveis e não moram nos imóveis, por isso que o crescimento percentual de domicílios, foi maior que o da população. Enquanto existem pessoas que não possuem imóveis, outros possuem vários imóveis, desocupados”, acrescenta o economista.
As cidades
Os dados apurados no Censo 2022 mostram que os estados da região Sudeste continuam concentrando a maior parte da população brasileira: 41,8%, contra 26,9% do Nordeste. As duas regiões tiveram diminuição em relação ao Censo 2010 quando tinham 42,1% e 27,8% respectivamente. Em compensação, houve crescimento nas outras regiões. A Norte foi de 8,3% da população para 8,5%; a Sul foi de 14,4% para 14,7; e a Centro-Oeste, que tem uma forte atividade econômica no agronegócio, aumentou mais a sua participação: de 7,4% para 8,0%.
Uma tendência verificada no Censo é o aumento da população em cidades vizinhas às capitais e grandes metrópoles, que formam as chamadas concentrações urbanas, municípios agrupados ou isolados acima de 100 mil habitantes, nos quais há uma forte integração. “Elas reúnem um montante populacional de magnitude considerável, resultado de um dinamismo com expressiva mobilidade espacial e com intensos processos de urbanização e metropolização, que imprimiram padrões de concentração e dispersão significativos no território brasileiro a partir da segunda metade do século XX”, acrescenta Saumíneo.
O Brasil tem 185 concentrações urbanas, que reúnem 124,1 milhões de pessoas. As principais são as de São Paulo (SP), com 37 municípios; Belo Horizonte (MG), com 23; Rio de Janeiro (RJ), com 21; e Curitiba (PR), com 18.
Por outro lado, outras pessoas estão preferindo deixar os grandes centros para morar em cidades de médio porte, principalmente no interior, que têm mais de 100 mil habitantes. O destaque vai para três cidades com grande concentração de atividades agropecuárias: Senador Canedo (GO), que cresceu 84,3%; Fazenda Rio Grande (PR), que subiu 82,3%; e Luís Eduardo Magalhães (BA), com 79,5%.
Importância
Os Censos do IBGE são realizados a cada 10 anos, por obrigação de lei, e se consolidaram como um dos maiores levantamentos demográficos do mundo. Através de um questionário básico, com 26 quesitos, ele apura informações importantes sobre como vive a população brasileira, em quesitos como renda, moradia, escolaridade e acesso a serviços como saúde e saneamento. E um segundo questionário, de 77 perguntas, é feito por amostragem e aprofunda-se em temas como raça, gênero, família, religião, educação, trabalho, mortalidade e autismo.
“Além de contar os habitantes do nosso território nacional, identificando suas características e revelando como vivem os brasileiros, serve para produzir informações fundamentais para a definição de políticas públicas e para a tomada de decisões de investimentos da iniciativa privado ou de qualquer nível de governo (federal, estadual ou municipal), destaca Saumíneo Nascimento.
A previsão do IBGE é de que os outros dados definitivos do Censo 2022, com os resultados dos dois questionários, sejam divulgados por etapas, até 2025.
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Ramo de consultoria empresarial espera crescimento anual de 4,30%
Expectativa da Mordor Intelligence é que a tendência se mantenha de 2021 a 2026
A consultoria empresarial é um serviço que ajuda negócios a melhorarem seu desempenho no mercado e expandir os lucros e a atividade. Um consultor pode auxiliar em diversas áreas dentro da empresa, como nos recursos humanos, departamento financeiro, marketing, vendas ou jurídico. Independentemente do setor de atuação, o trabalho da consultoria é impulsionar a empresa.
Uma pesquisa da Mordor Intelligence aponta que o Compound Annual Growth Rate (CAGR), também conhecido como Taxa de Crescimento Anual Composto, seja de 4,30% entre 2021 e 2026. Porém, a tendência já pode ser observada no mercado. Um levantamento da Forbes mostrou que em 2022 as empresas de consultoria movimentaram US$ 900 bilhões.
O consultor de franquias Fred Vanitelli, responsável pela formatação de mais de 400 negócios e diretor da Chasing Consultoria, explica que com o surgimento de pequenas empresas e expansão das maiores a consultoria se torna ainda mais necessária. “A consultoria pode ajudar negócios de diferentes portes. Nas menores, a consultoria auxilia a padronizar certos processos e melhorar outros; Já nas maiores, o trabalho é focado em preparar o negócio para expansão”, detalha o especialista da Chasing Consultoria.
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 3,6 milhões de novos empreendimentos foram abertos em 2022. Desse número, 78% se encaixava na categoria de Microempreendedor Individual (MEI), ou seja, eram empresas de menor porte com lucro de até R$ 81 mil anual, segundo a definição do próprio Sebrae.
Como explicou Vanitelli, não são apenas as pequenas empresas que podem aproveitar a consultoria para impulsionar o negócio. Ele comenta que consegue observar na Chasing Consultoria e em outras empresas do mesmo segmento que até mesmo as redes de franquia usufruem do trabalho dos especialistas desse setor. A Associação Brasileira de Franchising (ABF) divulgou na pesquisa de análise de desempenho trimestral que em 2023 o faturamento nominal do ramo cresceu 17,2% em relação ao mesmo período no ano anterior. O aumento pode ser observado também na receita, que foi de R$ 43,380 bilhões para R$ 50,854 bilhões.
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LLYC anuncia novos conselheiros na área de cultura e consumo
Sérgio Sá Leitão e Monica Mendes são profissionais de destaque em suas áreas, e chegam para fortalecer as soluções estratégicas oferecidas pela empresa
A LLYC Brasil, consultoria de comunicação, marketing digital e assuntos públicos, anuncia a incorporação de mais dois especialistas em seu conselho consultivo. A empresa conta a partir de agora com Sérgio Sá Leitão, ex-ministro da cultura e profissional experiente no setor, e Monica Mendes, especialista em consumo com foco no mercado de luxo, que passa a contribuir com sua expertise para aportar ainda mais conhecimento a projetos estratégicos voltados à área.
Além dos novos conselheiros, Tato Carbonaro assume a presidência do Conselho Consultivo da LLYC, em nova fase. A missão de Carbonaro é liderar estrategicamente com sua visão inovadora esse grupo de conselheiros de forma a contribuir para impulsionar o crescimento contínuo da operação na LLYC no Brasil.
Com ampla experiência em gestão cultural no setor público e privado, Sérgio Sá Leitão é presidente do LIDE Cultura e sócio e CEO da Transversal – Cultura, Economia Criativa e Cidadania. Exerceu a função de Ministro da Cultura do Brasil entre os anos de 2017 e 2018 e foi Secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo entre 2019 e 2022. Sua atuação também engloba importantes passagens por instituições culturais de destaque, onde desempenhou papel fundamental no desenvolvimento de projetos e de políticas públicas voltadas para o setor. Com sua expertise em cultura e entretenimento, Sá Leitão fortalecerá ainda mais a capacidade da LLYC de oferecer soluções estratégicas e inovadoras nesse segmento. “Estou entusiasmado em colaborar com uma empresa tão reconhecida por sua excelência em comunicação corporativa. Espero contribuir para impulsionar ainda mais o sucesso dos clientes atuais e futuros, promovendo iniciativas inovadoras para o mercado”, declarou.
Monica Mendes é uma profissional experiente no campo do consumo, com uma carreira sólida na área de pesquisa e inteligência de mercado. Com uma compreensão profunda das tendências e comportamentos do consumidor, Monica tem ajudado empresas e organizações a adaptar suas estratégias e a tomar decisões assertivas. Foi a responsável pelo marketing e comunicação da Daslu e pelo lançamento de algumas das influenciadoras de consumo e lifestyle com maior volume de seguidores no Brasil. Além da experiência no âmbito do consumo, conta com uma sólida trajetória na área de estudos e análise de mercado para o varejo. “É uma honra fazer parte do Conselho Consultivo da LLYC. Estou empolgada com a oportunidade de trabalhar com uma equipe tão talentosa e oferecer minha experiência e insights para contribuir no campo do consumo. Quando somamos soluções, quem ganha são os clientes, que tendem a alcançar seus objetivos de negócio com mais precisão”, destacou.
Thyago Mathias, diretor-geral da LLYC Brasil, fala sobre a importância da nova composição do conselho: “As chegadas de Sérgio e Monica ao nosso Conselho Consultivo são motivo de grande satisfação para todos nós. Juntos e juntas, fortalecemos ainda mais nossa equipe de especialistas, trazendo diferentes perspectivas e conhecimentos que enriquecem nossas soluções estratégicas, para impulsionar o sucesso de nossos clientes e avançar em direção a um futuro cada vez mais promissor.”
Além de Tato e dos novos conselheiro, a empresa, que está há 15 anos no Brasil, conta ainda com a presença de Gustavo San Martin, para temas de Saúde e Sociedade Civil, Ariane Abdallah, especialista em Empreendedorismo e Posicionamento Executivo, Paulo Feldman, com Contexto Político e Econômico, Edney Souza, em Tecnologia, Inovação e Educação, Moisés Cona, em Infraestrutura, Roberto Brandt, em Sustentabilidade Global, Renata Camargo, em Diversidade e Inclusão, Cecília Seabra para temas voltados à ESG, Adecio Vasconcelos, conselheiro para a Região Nordeste, e Mariana Clark, na área de Talent Engagement.
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ABB vai automatizar siderúrgica da AM/NS na Índia
Linhas produtivas da siderúrgica vão receber sistemas de controle para melhorar indicadores de eficiência
A suíço-sueca ABB vai fornecer sistemas de eletrificação e automação para a nova fábrica de bobinas de aço laminado a frio da ArcelorMittal Nippon Steel India (AM/NS India), na cidade indiana de Hazira.
Em comunicado, a empresa informou que duas linhas produtivas da instalação vão receber o sistema de controle distribuído ABB Ability™ System 800xA, para melhorar indicadores de eficiência energética, racionalizar o uso de zinco na produção e aprimorar o controle de corrosão no produto final.
A participação da ABB no projeto foi a convite da fabricante de equipamentos industriais John Cockerill India Limited (JCIL). A empresa vai fornecer outros tipos de sistemas para a fábrica de Hariza, considerada essencial na estratégia de expansão no mercado indiano da AM/NS India, joint-venture entre a francesa ArcelorMittal e a japonesa Nippon Steel.
“A ampliação vai nos ajudar a atender a crescente demanda por aço de alta qualidade, enquanto ampliamos nosso portfólio de produtos sustentáveis”, afirmou no texto Dilip Oommen, CEO da AM/NS India. “As novas linhas foram projetadas para produzir aços de valor agregado, de última geração, dentro dos mais rigorosos padrões de qualidade.”
A planta de bobinas perfiladas a frio deve entrar em comissionamento em 2024. Líder indiana em aço-carbono plano, a AM/NS India tem capacidade instalada para produzir 9 milhões de toneladas anuais de aço cru na Índia.
A empresa produz diferentes produtos de aço plano, incluindo aço de valor agregado na forma de pelotas, com capacidade produtiva total de 20 milhões de toneladas.
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