Submersível desaparecido (Titan) está prestes a ficar sem oxigênio

Suprimento emergencial deveria terminar na manhã desta quinta-feira

Repórter Jota Silva
Repórter Jota Silva - Jornalista | Registro Profissional: Nº 0012600/PR
4 Lidos

Cinco pessoas a bordo de um submersível desaparecido perto do naufrágio do Titanic tinham apenas algumas horas restantes de seu suposto suprimento de oxigênio, nesta quinta-feira (22), o quinto dia de uma busca multinacional no remoto Atlântico Norte.

O Titan, operado pela OceanGate Expeditions, com sede nos Estados Unidos, começou sua descida às 8h (9h de Brasília) do domingo (18), mas perdeu contato com o navio de apoio perto do final do que deveria ter sido um mergulho de duas horas até o antigo naufrágio.

Tendo partido com 96 horas de oxigênio, segundo a empresa, seus tanques de ar provavelmente se esgotariam em algum momento da manhã de hoje. Precisamente quando depende de fatores como se ainda tem energia,  e a paciência dos que estão a bordo, dizem especialistas, assumindo que o Titan ainda estaria intacto.

Um veículo operado remotamente (VOR) implantado a partir de um navio canadense alcançou o fundo do oceano e começou a procurar o Titan, disse a Guarda Costeira dos EUA na manhã desta quinta-feira no Twitter.

Equipes de resgate, parentes e amigos dos cinco ocupantes do Titan ficaram esperançosos quando a Guarda Costeira dos EUA disse ontem (21) que aviões de busca canadenses haviam registrado ruídos submersos usando boias sonar no início daquele dia e na terça-feira.

Mas a Guarda Costeira disse que os veículos de busca submarina direcionados para onde os ruídos foram detectados não produziram resultados e as autoridades disseram que os sons podem não ter se originado do Titan.

“Quando você está no meio de um caso de busca e resgate, você sempre tem esperança”, disse ontem o capitão da Guarda Costeira Jamie Frederick, acrescentando que a análise dos ruídos foi inconclusiva.

Guarda costeira de Boston – BOSTON GUARD COAST/REUTERS

Navio francês

O navio de pesquisa francês Atalante, equipado com uma embarcação de mergulho robótica capaz de atingir profundidades do naufrágio do Titanic, que fica a cerca de 3.810 metros abaixo da superfície, chegou à zona de busca nesta quinta-feira.

Atalante foi o primeiro a usar eco-sonda para mapear com precisão o fundo do mar para que a busca do robô fosse mais direcionada, disse o instituto francês de pesquisa marinha Ifremer.

O robô, Victor 6000, tem braços que podem ser controlados remotamente para ajudar a liberar uma embarcação presa ou prendê-la a um navio para rebocá-la. A Marinha dos EUA está enviando um sistema especial de salvamento projetado para levantar grandes objetos submarinos.

O Titanic, que afundou em 1912 em sua viagem inaugural depois de atingir um iceberg, matando mais de 1,5 mil pessoas, fica a cerca de 1.450 quilômetros a leste de Cape Cod, no Estado de Massachusetts.

O Titan estava levando seu piloto e outras quatro pessoas em uma excursão em alto mar até o naufrágio, encerrando a aventura turística pela qual a OceanGate cobra US$ 250 mil por pessoa.

Questões sobre a segurança do Titan foram levantadas em 2018 durante um simpósio de especialistas da indústria submersível e em uma ação movida pelo ex-chefe de operações marítimas da OceanGate, que foi resolvida naquele ano.

Reportagem adicional de Tim McLaughlin, Rami Ayyub, Tyler Clifford, Louise Dalmasso, Daniel Trotta, Brad Brooks e Ariba Shahid

Compartilhe este artigo
Jornalista | Registro Profissional: Nº 0012600/PR
Seguir:
O repórter Carlos Jota Silva possui uma trajetória diversificada na comunicação. Ele atuou como locutor em duas emissoras de rádio e foi diretor de comunicação na Associação do Jardim Alvorada, em Maringá, durante dois anos. Também atuou como assessor de imprensa parlamentar no gabinete do ex-vereador Doutor Jamal Fares. Jota é graduado em gerenciamento pelo Sebrae e foi representante comercial autorizado da SKY Brasil. Atualmente, ele se destaca como editor de áudio e vídeo, além de ser diretor geral e programador do site Saiba Já News, onde escreve artigos noticiosos. Nos anos 90, ainda na juventude, trabalhou como técnico eletrônico, uma profissão que herdou de seu pai. No início dos anos 2000, foi contratado como técnico autorizado para marcas como Sharp do Japão, Britânia, Gradiente, Philco e CCE. Sua paixão pela comunicação foi inspirada por seu pai, que nos anos 70 se dedicou à divulgação de anúncios e informações públicas e políticas em Santa Fé/PR e Alto Paraná/PR, utilizando autofalantes na praça, uma prática bastante comum na época.