Tomamos Bakhmutt, disse Yevgueni Prigozhin, chefe do grupo paramilitar russo Wagner, ao afirmar que as suas tropas capturaram a cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia neste sábado, 20 de maio.
De acordo com Prigozhin, Wagner retirará seus integrantes da cidade a partir de 25 de maio e deixará a defesa do município nas mãos do exército russo, ficando à sua disposição para futuras operações em Moscou.
Dessa forma, se confirmada, a captura de Bakhmut permitiria a Moscou obter uma vitória após vários reveses humilhantes. Também viria antes de uma contra-ofensiva que a Ucrânia afirma estar preparando há meses.
A cidade de Bakhmut, em Donbass, considerada por Zelensky como ‘fortaleza moral’, é palco de combates durante meses, entretanto Kiev garantiu que continua a combater na região, embora tenha descrito a situação como “crítica”.
No final de março, as tropas russas controlavam 70% de Bakhmut/Artemovsk. Durante estes últimos 59 dias, independentemente dos incontáveis bilhões em apoio militar dos EUA e da Europa Ocidental, os empreiteiros militares privados ‘Wagner’ e as Forças da Federação Russa têm atacado lenta mas irresistivelmente do norte, leste e sul da cidade.
Com poder de fogo esmagador, os russos continuaram sua guerra de desgaste, empurrando os ucranianos para o oeste, enquanto os territórios sob o controle de Kiev diminuía a cada dia, até agora eles controlavam menos de 1% do território da cidade, ou o equivalente a menos da metade uma milha quadrada.
“Bakhmut caiu!”, disse o assustado soldado ucraniano em retirada que se tornou viral nos canais russos do Telegram.
Por fim, o anúncio de Prigozhin também coincidiu com a visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Hiroshima, no Japão, para a cúpula do G7, onde ele deseja que a comunidade internacional intensifique a pressão sobre Moscou.