O PT já vem se mobilizando para evitar que Jair Bolsonaro (PL) ressurja como uma força política competitiva em 2026, o partido de Lula insistirá em fazer com que o atual presidente fique inelegível na próxima eleição.
O caminho principal é a acusação de que o mandatário operava um “ecossistema de desinformação” para manipular os eleitores e influenciar o resultado do pleito deste ano.
A queixa, feita pela chapa de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), foi apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições e elenca aliados do presidente que também contribuíram com esse ambiente.
Dentre eles, estão: Carlos Bolsonaro (Republicanos), Flávio Bolsonaro (PL) e alguns dos deputados federais mais votados do país em 2022, como Eduardo Bolsonaro (PL), Nikolas Ferreira (PL), Ricardo Salles (PL) e Carla Zambelli (PL). Eles também podem desempenhar papel importante nas eleições de 2026.
A partir da ação, o ministro Benedito Gonçalves determinou a abertura de investigação e pediu explicações a Carlos, ao presidente e a outros assessores. Também ordenou a suspensão da monetização de canais bolsonaristas até o fim da eleição e a proibição de exibição do documentário “Quem mandou matar Jair Bolsonaro?”, da produtora Brasil Paralelo.
O TSE ainda não decidiu se aceita o pedido final da ação, de cassar os registros eleitorais dos investigados e torná-los inelegíveis por oito anos.
Semelhança com Trump
O temor do PT surge diante do cenário que se desenrola nos Estados Unidos. Apesar do ex-presidente Donald Trump – de quem Bolsonaro é um admirador – ter perdido as eleições para Joe Biden, ele segue com grande força política no país.
De acordo com as pesquisas, tudo indica que o partido Republicano, de Trump, está prestes a retomar o controle da Câmara dos Representantes pela primeira vez em quatro anos. As eleições de meio mandato nos EUA serão realizadas nesta terça-feira (8).
Já a disputa pelo Senado está apertada demais para que se faça uma previsão, mas ainda assim há mais caminhos para uma vitória republicana do que para os democratas, que detiveram uma estreita maioria nos últimos dois anos.
Assim como Bolsonaro, Trump é acusado de usar a mentira para manipular as eleições e é suspeito de estimular atos antidemocráticos para subverter o resultado nas urnas.