Por Neliva Terezinha Tessaro
Já se foi o tempo em que bastava concluir o ensino médio para se ter uma chance de um bom emprego. Antigamente, a classificação escolar era dividida entre primário, ginásio e científico. Hoje, temos o denominado ensino fundamental, com 9 anos de duração, e o ensino médio, com mais 3 anos de duração.
Ao concluir os 12 anos de estudo, o aluno está, no mínimo, em plena adolescência e ainda não sabe qual é a profissão que deseja seguir. Caso não tenha feito um curso técnico, simultaneamente ao ensino médio, o estudante não tem nenhuma profissão definida. Em consequência disso, sua inserção no mercado de trabalho não será fácil, principalmente se desejar uma boa remuneração. Nesse momento, surge o questionamento do que fazer: uma faculdade ou um curso técnico?
No Brasil, há 38 Institutos Federais que, além de atuar na educação básica, possuem também os cursos técnicos, visando uma qualificação profissional aos seus alunos. Há também 22 escolas técnicas vinculadas às universidades federais. A vantagem, nesses casos, é o ensino gratuito e de qualidade.
Temos dois importantes fatores a considerar: com apenas 60 escolas técnicas federais, como atender os cerca de 5.570 municípios brasileiros? E nessas 60 escolas, como atender à demanda existente que precisa trabalhar nos horários em que as aulas são ministradas, geralmente, presencialmente? A partir desse panorama, as instituições privadas que oferecem cursos técnicos na modalidade a distância podem ser uma solução. Porque além dessa modalidade permitir o acesso de qualquer cidadão residente em qualquer município brasileiro – tendo em vista que as aulas poderão ser assistidas via internet – ainda é possível assistir às aulas no horário de maior conveniência do aluno. É a democratização do ensino que, a partir de cursos técnicos ofertados com qualidade, permite diminuir o abismo existente entre as escolas do ensino médio tradicionais e as empresas que oferecem vagas a quem tem determinada qualificação.
Os cursos ofertados pertencem a inúmeras áreas da economia e as suas durações são curtas, se comparada ao ensino médio ou a um curso superior. A demanda por técnicos do ensino médio é crescente, em face da inexistência de cursos que atendam às crescentes necessidades das empresas. Mesmo em instituições de educação privadas, o acesso é fácil devido aos baixos valores praticados nas mensalidades, bem como, caso o aluno opte pela modalidade a distância, poderá estudar nos horários que tiver disponível. Fator que também parece ser uma possível solução para a educação continuada, uma vez que, atuando em atividade remunerada, o estudante pode progredir com mais segurança ao ensino superior, posteriormente. A partir dessas opções, fica mais fácil a decisão que influenciará no planejamento da carreira e no ingresso ao mercado de trabalho.
Neliva Terezinha Tessaro, mestre em Desenvolvimento de Tecnologia e coordenadora de Cursos Técnicos no Centro Universitário Internacional Uninter.