Nada a declarar! Bolsonaro, Michelle e aliados silenciam sobre joias em depoimentos à PF

Repórter Jota Silva
Repórter Jota Silva - Jornalista | Registro Profissional: Nº 0012600/PR
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Bolsonaro, Michelle e aliados silenciam sobre joias em depoimentos à PF

Caso das joias — O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro; a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outras seis pessoas, ficaram em silêncio ao comparecerem para depoimentos na superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília nesta quinta-feira, 31 no inquérito que investiga “suposto desvios” de joias.

Assim também, a mesma estratégia foi seguida pelo advogado Fabio Wajngarten e pelo assessor Marcelo Câmara, que estavam entre os oito intimados para depoimentos.

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Bolsonaro, e demais investigados, foram mantidos por pouco mais de uma hora na sede da PF, na área central de Brasília (DF).

Inquérito sobre joias

O inquérito que investiga as suspeitas de que, com ajuda de assessores e pessoas próximas, Bolsonaro “tentou se apropriar indevidamente” de joias que, supostamente, recebeu de presente de autoridades públicas sauditas. 

Os investigados alegam que o STF (Supremo Tribunal Federal) não tem competência para as decisões sobre a investigação, já que Bolsonaro não tem mais foro privilegiado por ter deixado a Presidência. O argumento foi citado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em um parecer. Se a tese for confirmada, o caso deve ser encaminhado a um juiz de primeira instância.

“Reiteramos que continuamos, como sempre, à disposição para prestar todo e qualquer esclarecimento desde que no foro competente. No caso, a douta Procuradoria Geral da República, que já manifestou que o STF não é a esfera jurídica própria”, escreveu Wajngarten, no Twitter, logo após deixar a PF.

“Não há silêncio nesse momento. Agora, busca-se apenas o respeito à lei”, acrescentou Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro.

Entretanto, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, prestam depoimento à Polícia Federal sobre a suposta venda de presentes de luxo dados ao ex-presidente em viagens oficiais.

Como a investigação tramita em segredo de Justiça, a PF não forneceu detalhes sobre os depoimentos.

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