Na segunda-feira (17), A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) de acesso a lista completa com os nomes e dados de identificação dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.
A PGR ainda pediu às redes sociais os dados sobre número de visualizações, curtidas, compartilhamentos e comentários nas postagens de Bolsonaro.
Entretanto o pedido da PGR, ganhou repercussão negativa, órgãos de imprensa trataram o pedido como perseguição política aos apoiadores de Bolsonaro e uma medida para intimidar e ate mesmo reduzir a popularidade do ex-presidente.
Alegação da PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) tentou esclarecer nesta terça-feira (18) o pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) de acesso aos dados de identificação dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.
De acordo com a PGR, na segunda-feira (17), o subprocurador Carlos Frederico Santos solicitou a medida ao ministro Alexandre de Moraes para supostamente apurar eventuais manifestações de Bolsonaro a favor dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Em nota divulgada à imprensa, a procuradoria afirma que o acesso às informações de seguidores servirá apenas para medir o alcance das postagens.
Nota à imprensa
“O órgão esclarece que essas pessoas não estão sendo investigadas nem terão seus dados expostos. O objetivo do pedido é obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro nas redes sociais”, escreveu o órgão.
O subprocurador também reiterou que a investigação envolve apenas o ex-presidente Bolsonaro. Santos lembrou entre os seguidores estão pessoas que acompanham as redes sociais de Bolsonaro por serem admiradores, por curiosidade ou motivação profissional.
“Impõe-se dimensionar o impacto das publicações e o respectivo alcance. Jamais iria investigar milhões de pessoas, seria até impossível fazer isso”, concluiu.
A PGR pede investigação das redes sociais de Bolsonaro na investigação após o ex-presidente ter publicado, no dia 10 de janeiro, um vídeo que questionava a legitimidade do resultado das eleições de 2022. A postagem foi apagada após a repercussão do caso, mas Moraes determinou que as plataformas preservem o material.
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