Pesquisadores da USP buscam vacina contra a febre maculosa

Repórter Jota Silva
Repórter Jota Silva - Jornalista | Registro Profissional: Nº 0012600/PR
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A transmissão da febre maculosa ocorre somente por meio do contato com o carrapato estrela infectado pela bactéria do gênero Rickettsia.

Um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP (ICB-USP) e publicado na a revista Parasites & Vectors demonstrou a possibilidade de “silenciar a expressão gênica da principal proteína inibidora da apoptose [morte programada das células] no carrapato-estrela”, transmissor da febre maculosa. Com a metodologia, reduz-se o crescimento da bactéria e torna-se o aracnídeo mais resistente à infecção. A pesquisa é baseada em estudos anteriores que mostraram que a bactéria Rickettsia rickettsii inibe a apoptose favorecendo o crescimento do carrapato, dando mais tempo para a bactéria se proliferar e infectar novas células.

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De acordo com a professora do Departamento de Parasitologia do ICB-USP e coordenadora do estudo, Andrea Cristina Fogaça, a alimentação dos carrapatos foi reproduzida em laboratório, com sangue de coelhos infectados e não infectados por Rickettsia rickettsii e, independentemente da infecção, os parasitas morriam ao se alimentar, o que indicou a possibilidade não só de bloquear a infecção como de conter e diminuir população nos hospedeiros.

“O que meu grupo de pesquisa estuda são as interações que acontecem entre o carrapato e a bactéria que causa essa doença. Nosso objetivo com a pesquisa foi o de entender quais são as interações e as moléculas que são importantes para a interação entre a bactéria e o vetor, porque queremos identificar alguns potenciais alvos para o desenvolvimento de vacinas, tanto para diminuição da população do carrapato como para o bloqueio da transmissão da bactéria”, explicou a pesquisadora.

Ainda não há previsão para a produção de uma vacina contra a febre maculosa, porque novos estudos serão conduzidos nesse sentido. “Não temos no horizonte próximo a perspectiva de uma vacina disponível. E se tivermos e quando tivermos, vamos conseguir uma redução da população do carrapato. Eu acredito que essa proteína levará também a proteção dos animais que são utilizados pelo carrapato para se alimentar, como cavalos, e termos uma redução da população de carrapatos que transmitem a bactéria”, disse.

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Os próximos passos da pesquisa são confirmar que a alimentação sanguínea é realmente o fator que promove a apoptose pela produção de espécies reativas de oxigênio e, possivelmente, expandir os experimentos para outras espécies de carrapato.

A pesquisa foi conduzida com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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O repórter Carlos Jota Silva possui uma trajetória diversificada na comunicação. Ele atuou como locutor em duas emissoras de rádio e foi diretor de comunicação na Associação do Jardim Alvorada, em Maringá, durante dois anos. Também atuou como assessor de imprensa parlamentar no gabinete do ex-vereador Doutor Jamal Fares. Jota é graduado em gerenciamento pelo Sebrae e foi representante comercial autorizado da SKY Brasil. Atualmente, ele se destaca como editor de áudio e vídeo, além de ser diretor geral e programador do site Saiba Já News, onde escreve artigos noticiosos. Nos anos 90, ainda na juventude, trabalhou como técnico eletrônico, uma profissão que herdou de seu pai. No início dos anos 2000, foi contratado como técnico autorizado para marcas como Sharp do Japão, Britânia, Gradiente, Philco e CCE. Sua paixão pela comunicação foi inspirada por seu pai, que nos anos 70 se dedicou à divulgação de anúncios e informações públicas e políticas em Santa Fé/PR e Alto Paraná/PR, utilizando autofalantes na praça, uma prática bastante comum na época.