O general Gonçalves Dias pediu afastamento do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República nesta quarta-feira (19). Segundo a Secretaria de Comunicação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já aceitou o pedido de demissão.
General da reserva, Gonçalves Dias é o primeiro ministro a deixar o governo no terceiro mandato de Lula.
Vídeos
O ministro deixou o cargo no mesmo dia em que vídeos que estavam sob sigilo por fazerem parte de inquérito policial foram divulgados pela em primeira mão pela CNN Brasil . As imagens mostram o general Gonçalves Dias e outros funcionários da pasta abrindo portas para manifestantes dentro do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, quando vândalos invadiram as sedes dos Três Poderes.
Segundo a Jovem Pan News no Twitter; Oposição prepara pedido de impeachment de Lula (PT) após demissão de Gonçalves Dias (GSI).
Em outra publicação do portal Jovem Pan no Twitter; Ministro do GSI não comparece em audiência sobre invasões do 8 de janeiro – Claudio Dantas: “A situação coloca o governo na cena do crime […] O general aparece interagindo com os vândalos sem proteção em meio a um ambiente deflagrado”
Ricardo Cappelli, ex-interventor do Distrito Federal (DF), assume comando do GSI após queda de Gonçalves Dias.
Em nota, o GSI esclareceu que as imagens mostram a atuação dos agentes de segurança para evacuar o quarto e o terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após a chegada de reforços do pelotão de choque da Polícia Militar do Distrito Federal, os vândalos foram presos.
“Quanto as afirmações de que agentes do GSI teriam colaborado com os invasores do Palácio do Planalto, informa-se que as condutas de agentes públicos do GSI envolvidos estão sendo apuradas em sede de sindicância investigativa instaurada no âmbito deste Ministério e se condutas irregulares forem comprovadas, os respectivos autores serão responsabilizados”, diz o gabinete, em nota.
A Secretaria de Comunicação da Presidência da República, também em nota, afirma que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.