O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) disse nesta quarta-feira, 22 de março, no Plenário do Senado Federal que a motivação do PCC (Primeiro Comando da Capital) contra ele foi por conta de sua atuação como juiz e ministro da justiça. “Fomos duros”.
De acordo com outras informações, Moro já havia sido alertado em janeiro sobre os planos do PCC para matá-lo.
“Se eles vêm para cima da gente com uma faca, a gente tem que usar revólver. Se eles usam revólver, a gente tem que ter uma metralhadora. Se eles têm metralhadora, temos que ter um tanque. Não no sentido literal, mas temos que reagir”. Afirmou o senador Sergio Moro durante discurso.
O senador disse que a família dele também era alvo do grupo criminoso, lembrou dos juízes assassinados por punir grupos criminosos e citou três nominalmente: Patrícia Accioli, Antonio Machado Dias e Alexandre Martins.
Terrorismo
“Estamos assistindo, atônitos, os ataques à população civil no Rio Grande do Norte, ataques com características terroristas. Espero que as autoridades sejam bem-sucedidas, temos que intensificar o combate ao crime organizado”. Acrescentou Moro.
Apoio dos parlamentares
Dezenas de senadores de diferentes partidos e estados se solidarizaram com Sergio Moro publicamente no plenário. Já os parlamentares de oposição e de governo usaram um tom mais distinto. O líder do PT, Fabiano Contarato (ES), lamentou o ocorrido com Moro, mas disse que falta razoabilidade em tentar associar o plano do PCC a Lula e que o chefe do Executivo mantém a PF atuante.
Entretanto, senadores da direita queriam atribuir ao presidente petista Lula a falta de controle do crime organizado, mas aliados de Lula defenderam a independência e o fortalecimento das instituições.
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