Conforme informou o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) nesta quinta-feira (12) os vândalos que depredaram o Palácio do Planalto não roubaram armas de fogo da pasta no domingo (8).
Foi exagerada a acusação do ministro Paulo Pimenta do PT. “O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República informa, ainda, que não houve extravio de arma de fogo e de munição letal“, disse em nota.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta (PT), havia afirmado no domingo que os militantes golpistas haviam saído do Planalto com armas de fogo do GSI.
Portanto, na visão do petista, o roubo de armas criava suspeitas de que possíveis infiltrados poderiam ter ajudado os vândalos, que teriam conhecimento de onde o armamento estava guardado.
“Essas maletas no chão, cada uma dessas maletas que vocês estão vendo, em cima das mesas, são armas letais e não letais que foram roubadas pelos criminosos de dentro do Palácio do Planalto. Mais um crime a ser apurado”, disse.
Entretanto, na segunda-feira (9), Pimenta se desmentiu e disse que apenas armas não letais haviam sido levadas pelos golpistas.
“Armas que foram levadas da sala das armas do GSI. Eu pelo menos identifiquei nove armas. São tasers, armas de choque de uso do GSI, estavam acondicionadas em caixas, que ficaram vazias. São armas de choque, que estavam dentro de outro local e foram retiradas dessas caixas”, afirmou a jornalistas.
Segundo interlocutores, as armas de choque não estavam nas maletas porque estariam em uso, de posse dos seguranças do GSI no momento da invasão.
Além do desmentido, o GSI afirmou na nota que o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “foi preservado” durante os ataques golpistas de domingo.
A Polícia Militar do Distrito Federal conseguiu recuperar uma das armas de choque levada pelos manifestantes.De acordo com a corporação, o taser foi encontrado abandonado na “área verde do Eixo Monumental”.
Porém, o GSI passou a ser alvo de críticas no Palácio do Planalto pela falta de preparo para enfrentar os manifestantes que invadiram a sede do Executivo no domingo.
O chefe da pasta, general Gonçalves Dias, afirmou a interlocutores que o cenário era de tranquilidade no fim de semana e que não havia necessidade de ampliar o efetivo da segurança do Planalto.
Conforme relatos feitos à Folha de S.Paulo, ele afirmou por mensagens de WhatsApp e ligações que a Secretaria de Segurança Pública tinha um plano de segurança que proibia o acesso de manifestantes na praça do Três Poderes –fato que, na visão dele, mitigava riscos de invasão ao prédio.
Por isso, seis sentinelas e dois guardas estavam no Palácio do Planalto no amanhecer de domingo. Somente ao meio-dia, quando os manifestantes desciam do QG do Exército à Esplanada dos Ministérios, Dias acionou o Comando Militar do Planalto solicitando um tropa de 36 militares do Batalhão da Guarda Presidencial para auxiliar na segurança.
Outros cerca de 300 militares foram enviados ao palácio após os manifestantes terem conseguido invadir o prédio.
O jornalista Jorge Serrão postou vídeo sobre o dia da invasão no qual mostra manifestantes sendo revistados antes de entrarem chegarem na Esplanada dos ministérios, segundo a publicação, as pessoas que depredaram já se encontravam dentro do Palácio: “A verdade deve ser compartilhada em todos os lugares. Os manifestantes dos movimentos patrióticos foram revistados pela polícia antes de subir a rampa. As pessoas que depredaram não passaram pela revista e já se encontravam dentro do Palácio. Ou seja, os bandidos do terror!”