Com discurso voltado à atenção aos trabalhadores da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano tomou posse como a nova presidente do banco. Em solenidade realizada na tarde desta quinta-feira (12), Rita defendeu a humanização nas relações de trabalho. “A gestão pelo medo na Caixa acabou”, disse ela, diante de uma plateia repleta de executivos e funcionários do banco, que a aplaudiu longamente após a declaração.
Portanto, ela assume a Caixa após um período de denúncias de assédio sexual e moral, durante o governo passado. De acordo com currículo de Rita, com 33 anos de banco e representante dos empregados no Conselho de Administração da empresa, foi fundamental para a escolha de seu nome pelo presidente Lula, presente no evento.
“Você foi escolhida porque tem uma história, porque muita gente deu referência de você. E eu só espero que você dedique à Caixa aquilo que você dedicou como funcionária, como militante sindical, política e social”, disse Lula.
Rita defende que a Caixa Econômica Federal seja estatal
Em seu discurso, a presidente da Caixa assim também defendeu o caráter estatal do banco. Lembrou as ameaças de privatização sofridas no último governo bem como a importância social da instituição durante a pandemia. O auxílio emergencial foi pago pela Caixa à época para a população desassistida durante o isolamento social. Rita afirmou que se o banco resistiu às investidas da equipe econômica do último governo foi “porque os empregados empunharam a bandeira de defesa do banco público frente às iniciativas de privatização”.
A nova presidente da Caixa também defendeu a promoção da inclusão bancária da população, o investimento em projetos culturais e a busca da rentabilidade dos negócios, mesmo que não haja um alinhamento automático à lógica do mercado financeiro. De acordo com ela, os bancos públicos devem ter atenção às necessidades da população.
Por fim, nas mais de três décadas na instituição, Rita Serrano já desempenhou diversas funções e foi, entre 2006 e 2012, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC Paulista. Ela também é uma das líderes do movimento de defesa das empresas públicas.
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