Governo Federal oficializou a criação de um Grupo de Trabalho para coordenar as ações da candidatura do Brasil a sediar a próxima edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino, em 2027. O Decreto nº 11.724, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 4 de outubro.
A principal função do GT é garantir o cumprimento de uma série de exigências previstas no caderno de encargos da Federação Internacional de Futebol (FIFA) para os países que se candidatam a receber o Mundial.
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Como organizar uma Copa do Mundo transcende o âmbito esportivo e exige ações específicas em diferentes campos, estão previstas as participações de dezenas de pastas do Governo Federal no GT, sob coordenação do Ministério do Esporte. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) será convidada permanente para as reuniões.
“O Brasil já está pronto para realizar a melhor Copa do Mundo Feminina da história. Já temos experiência com grandes eventos, sabemos como fazer, temos inúmeros estádios no padrão FIFA, avançamos na logística, e o Governo Federal dará todo o suporte necessário para a realização de um torneio exemplar”, afirma o ministro do Esporte, André Fufuca.
Algumas das pastas envolvidas são os ministérios da Saúde, da Educação, da Justiça e Segurança Pública, da Defesa, das Comunicações, das Cidades, dos Direitos Humanos e da Cidadania, das Mulheres, de Portos e Aeroportos, do Turismo, da Igualdade Racial, dos Transportes, do Trabalho e Emprego e das Relações Exteriores. “Queremos demonstrar que o futebol no Brasil é um importante meio para reafirmar o protagonismo feminino em todas as áreas”, completa o ministro do Esporte.
SEM REMUNERAÇÃO – As atividades do GT são consideradas prestação de serviço público relevante e não haverá remuneração aos integrantes. Pelo texto publicado no Diário Oficial, as atividades do GT têm prazo de duração prevista de 180 dias.
QUATRO CANDIDATURAS – O Brasil compete com outras três candidaturas pelo direito de sediar o Mundial de 2027. Também estão no páreo a África do Sul e duas propostas conjuntas: uma da Europa, com Alemanha, Bélgica e Holanda, e outra de Estados Unidos e México. A decisão está prevista para o 74º Congresso da FIFA, previsto para maio de 2024. Atualmente, o projeto brasileiro conta com 10 cidades-sede: Fortaleza, Recife e Salvador, no Nordeste; Porto Alegre, no Sul; Manaus, no Norte; Cuiabá e Brasília, no Centro-Oeste; Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, no Sudeste.
INÉDITO – O Brasil nunca sediou um Mundial feminino e a equipe nacional ainda busca um título inédito na competição. Na edição disputada este ano, na Austrália e na Nova Zelândia, o título ficou com a equipe da Espanha. Os Estados Unidos são os maiores campeões do torneio, com os títulos conquistados em 1991, 1999, 2015 e 2019.