Em discurso ‘melancólico’ Mário Hossokawa critica STF pelo seu afastamento definitivo da presidência da Câmara de Maringá

Repórter Jota Silva

Um tanto hesitante, com voz um pouco trêmula e semblante de derrotado, o vereador Mario Hossokawa subiu à tribuna da Câmara Municipal para expressar sua indignação com o seu afastamento definitivo da presidência da Câmara de Maringá.

Em um tom melancólico, fúnebre,, quase como se estivesse fazendo um lamento, Hossokawa criticou severamente o ministro Gilmar Mendes, do STF. Ele deu a entender que está longe de estar derrotado e que continuará exercendo seu mandato até o final de 2028.

Fontes próximas revelam que, fora da presidência, onde esteve à frente por 12 anos, Hossokawa poderá enfrentar uma diminuição de influência, suporte e de sua base política, já que não poderá mais intervir nas contratações dos cargos da Câmara de Maringá por não ser mais o líder do legislativo.

Nas redes sociais o ex-presidente do legislativo maringaense publicou:

“Em decisão monocrática, o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou meu afastamento definitivo da presidência da Câmara de Maringá. É uma decisão que respeitamos, embora seja questionável e caiba recurso. Confesso que, depois de tudo o que já enfrentamos, o sentimento agora é de cansaço. Estou analisando junto aos meus advogados se vamos recorrer ou não. Mas uma coisa é certa: decisão judicial se cumpre. Assim que formos oficialmente notificados, uma nova eleição para a presidência da Câmara deverá ser convocada. Aproveito para agradecer o apoio e as mensagens de todos vocês nesse momento. Seguimos firmes, sempre com respeito à Justiça e à nossa cidade.”

Ao concluir seu discurso, Mario Hossokawa afirmou que está considerando não buscar novamente recorrer ao seu posto na presidência e que dará uma “última ordem” ao presidente interino para que convoque nova eleição. Veja abaixo: