Documentos que podem provar a sua inocência: Carlos Augusto Ferreira, alvo da PF, contesta provas em coletiva de imprensa

Redação Saiba Já News
Secretário da Fazenda licenciado de Maringá, Carlos Augusto Ferreira, reuniu a imprensa em um hotel, nesta sexta-feira, 24, para apresentar uma série de documento. Foto: Luciana Peña, via GMC Online

Carlos Augusto Ferreira, Secretário da Fazenda licenciado, busca “provar inocência” após ter carros de luxo apreendidos em operação que investiga lavagem de dinheiro do narcotráfico internacional; ele alega que telefone grampeado pertence a sócio de fintech em Miami.

Maringá, PR – Em um movimento para reverter a imagem pública após ser alvo da Polícia Federal (PF), o Secretário da Fazenda licenciado de Maringá, Carlos Augusto Ferreira, convocou uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 24 de outubro. Ferreira, que teve quatro veículos (incluindo Porsche, Ferrari e Mercedes Benz) apreendidos na Segunda Fase da Operação Mafiusi, apresentou uma série de documentos que, segundo ele, podem comprovar sua inocência.

A operação investiga a lavagem de dinheiro do narcotráfico internacional por meio de uma fintech, e Ferreira foi alvo de mandados de busca e apreensão no último dia 16.

Defesa Central: O “Carlão” Seria Outro

O ponto crucial da defesa de Ferreira é a contestação de que o telefone grampeado, interceptado pela PF, seja de sua propriedade. Ele exibiu documentos que supostamente demonstram que o número do celular usado em “trocas de mensagens suspeitas” tem como endereço fixo a mansão de Carlos de La Cruz Hyppolito, sócio da instituição de pagamento Pinbank Brasil, em Miami.

“O verdadeiro Carlão, citado na mensagem, é o La Cruz Hyppolito, que vive se escondendo. E eu estou aqui, pois não tenho porque me esconder,” declarou Ferreira.

Sobre a mensagem de voz suspeita – na qual uma pessoa diz: “preciso mandar 40 mil para duas contas, mas não gostaria que saísse da minha” –, o secretário licenciado afirmou ter contratado uma perita para comprovar que a voz não é a sua, embora a análise esteja pendente da liberação dos áudios pela PF.

Vínculos Profissionais e Bens de Luxo Justificados

Questionado sobre seu envolvimento com a Pinbank, a fintech investigada, Ferreira apresentou uma nota oficial da instituição afirmando que ele nunca foi funcionário. Ele confirmou ter prestado consultoria e intermediado uma negociação de compra e venda entre sócios do Pinbank por cerca de duas semanas em Miami, em 2024.

O secretário também detalhou a origem de seu patrimônio, incluindo os carros de luxo apreendidos. Ele explicou a compra de cada veículo, citando negociações de troca, empréstimos bancários e nomes de concessionárias e garagens. Sua atividade anterior ao cargo municipal, segundo ele, era “prestar assessoria econômica, intermediar compra e venda de grandes empresas.”

Nome no Inquérito e Posição da PF

Ferreira alegou ter usado Inteligência Artificial (IA) para rastrear as 8,9 mil páginas do inquérito (que corre em segredo de Justiça) e que seu nome “não apareceu nenhuma vez”. A reportagem, no entanto, apurou que seu nome é citado pelo menos duas vezes, uma vez que mandados de busca e apreensão foram emitidos contra ele.

Ao final da coletiva, Carlos Augusto Ferreira expressou confiança nas instituições brasileiras, mas reiterou que provará sua inocência. A Polícia Federal foi procurada pela reportagem, mas informou que não se manifestará devido ao segredo de Justiça.

Com informações do portal GMC Online.

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