Câmara de Maringá aprova aumento de assessores parlamentares com custos adicionais de R$ 2,9 milhões

Repórter Jota Silva
Câmara de Maringá

Maringá, 8 de julho de 2025 — A Câmara Municipal de Maringá aprovou, em primeira e segunda discussões, o projeto que aumenta em 25 o número de cargos comissionados, incluindo 23 novos assessores parlamentares. A proposta, de autoria da Mesa Diretora, teve 16 votos favoráveis e sete contrários em ambas as votações. Com a medida, cada vereador passará a ter cinco assessores, um aumento em relação aos quatro atuais.

O projeto foi aprovado em regime de urgência, com a primeira discussão ocorrendo na sessão ordinária e a segunda em uma sessão extraordinária subsequente.

Impacto Financeiro e Divisão na Votação

O Observatório Social calculou que o aumento de custos com as novas contratações será de R$ 2,9 milhões por ano. Esse valor engloba 23 novos cargos de assessor parlamentar, um assessor de gabinete da Presidência e um diretor executivo. Os salários dos assessores parlamentares e do assessor de gabinete serão de R$ 9.748,85 cada, enquanto o diretor executivo terá vencimento mensal de R$ 14 mil. O impacto mensal total será de aproximadamente R$ 250 mil.

Seis dos sete vereadores que votaram contra a criação dos novos cargos afirmaram que não irão nomear os assessores adicionais a que terão direito. Entre os que votaram contra estão os vereadores Mário Hossokawa (1º secretário da Mesa Diretora), Mário Verri (2º vice-presidente da Mesa Diretora), Ângelo Salgueiro, Cris Lauer, Daniel Malvezzi, Gisele Bianchini e Professora Ana Lúcia. Dois membros da Mesa Diretora, Mário Hossokawa e Mário Verri, votaram contra o próprio projeto da Mesa e se recusaram a assiná-lo, assim como Ítalo Maroneze.

Justificativas da Presidência da Câmara

A presidente da Câmara, Majô (PP), defendeu o projeto como parte de uma reforma política e administrativa que visa organizar o organograma do Legislativo. Segundo ela, a urgência foi necessária para que a Câmara possa determinar a real necessidade de funcionários antes de um concurso público previsto para o final do ano. Majô afirmou que a demanda aumentou significativamente com a passagem de 15 para 23 vereadores.

Ela também justificou a medida alegando que setores da Casa, como a diretoria legislativa, estão “sobrecarregados” e que o aumento de assessores permitirá que os gabinetes dos vereadores atuem com mais eficiência, desafogando a estrutura organizacional. A presidente ressaltou que a urgência visa identificar e corrigir problemas imediatamente para focar na elaboração do novo concurso.

Mário Verri, um dos que votaram contra, mencionou que no passado o Ministério Público questionou o desequilíbrio entre funcionários efetivos e comissionados. Com a aprovação do projeto, o número de efetivos será de 76 e o de comissionados, 137.

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