Bolsonaro chora e pede orações no Senado após PGR pedir sua condenação por suposta tentativa de golpe

Redação Saiba Já News
Ex-presidente da República Jair Bolsonaro durante entrevista coletiva na área externa do Senado Federal

Brasília, 17 de julho de 2025 – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chorou e pediu orações nesta quinta-feira (17), durante uma sessão solene no plenário do Senado Federal. A manifestação ocorre poucos dias depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação do ex-mandatário por seu suposto envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Emocionado, Bolsonaro declarou: “Acredito em Deus, peço orações a vocês”. Ele também desabafou: “Muitas vezes, o óbvio está na sua frente. As pessoas poderosas, algumas desta Casa, precisam se conscientizar do óbvio, que um dia ele vai embora, eles mudam.”


Acusações e possíveis penas

Bolsonaro é um dos oito réus na Ação Penal 2.668 no STF. A PGR o acusa de cinco crimes, cujas penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado por violência e grave ameaça;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o golpe não se concretizou por falta de adesão dos altos comandos do Exército e da Aeronáutica. No entanto, a tentativa teria sido articulada pelo então presidente e por autoridades de alto escalão do governo. Gonet afirmou que Bolsonaro “figura como líder da organização criminosa por ser o principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito”.


Próximos passos do processo

Com a entrega das alegações finais pela PGR, o delator do caso, tenente-coronel Mauro Cid, terá 15 dias para apresentar sua versão. Em seguida, os demais réus, incluindo Bolsonaro, também terão 15 dias para suas manifestações finais.

O julgamento será conduzido pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. O recesso do Judiciário não interromperá o andamento do processo, uma vez que um dos réus, o general Walter Braga Netto, está preso.

Bolsonaro continua alegando inocência e afirma ser alvo de perseguição política. Em sua fala no Senado, ele não mencionou diretamente as acusações, mas reforçou seu discurso religioso e pediu apoio da população.

Siga Nosso Canal no WhatsApp!

  • Para não perder nenhuma novidade, siga nosso canal no WhatsApp e receba as atualizações diretamente no seu celular. CLIQUE AQUI!

Compartilhe este artigo