O Brasil está em uma corrida contra o tempo para evitar a imposição de uma tarifa de 50% sobre seus produtos exportados para os Estados Unidos, com previsão de entrada em vigor já nesta sexta-feira (1º). A situação se tornou crítica após um acordo entre o governo Donald Trump e a União Europeia, que estabeleceu uma tarifa de 15% para o bloco, deixando o Brasil em uma posição isolada nas negociações.
Apesar da pressão do setor produtivo americano, não há sinais de que o governo republicano de Trump vá abrir um canal de diálogo com o Brasil. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, já confirmou que não haverá adiamento da medida.
Impactos Severos na Economia Brasileira
Caso a tarifa de 50% seja confirmada, os impactos na economia brasileira serão inevitáveis e significativos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima uma queda de R$ 52 bilhões nas exportações e a perda de 110 mil empregos.
De acordo com Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil, a tarifa pode ser “impeditiva” para a continuidade das exportações. Barral prevê que, em alguns casos, as exportações serão mantidas em um patamar muito mais baixo, com o custo sendo repassado ao consumidor americano, o que pode levar a uma diminuição do consumo. Em outros cenários, empresas brasileiras tentarão exportar para outros mercados, mas provavelmente com uma queda na rentabilidade.