Estados Unidos intensificam ações no Caribe contra cartéis de drogas venezuelanos

Repórter Jota Silva

Está acontecendo uma intensa movimentação militar dos Estados Unidos no Caribe, a maior desde a invasão ao Panamá há quase 35 anos, em meio a tensões com a Venezuela.

Ações Militares dos EUA:

  • Presença Militar: Mais de 10.000 militares posicionados em navios de guerra, além de aeronaves, helicópteros e bombardeiros modelo B52.
  • Sobrevoos: Três aviões B52, com capacidade nuclear e ataques de alta precisão, foram vistos sobrevoando o litoral da Venezuela, e helicópteros militares passaram a menos de 200 km da costa.
  • Agentes Infiltrados: Agentes da CIA (Serviço de Inteligência dos Estados Unidos) já estão infiltrados em solo venezuelano, conforme confirmado por Donald Trump.
  • Ataques no Mar: Donald Trump afirmou que os bombardeios contra barcos venezuelanos em águas internacionais salvaram a vida de 25.000 americanos, e que esses ataques já deixaram 27 mortos, supostamente traficantes. Ele ainda disse que o mar já está sob controle, ao ser questionado sobre ataques terrestres.
  • Recompensa: Os EUA mantêm uma recompensa de 50 milhões de dólares por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro, acusando-o de chefiar uma organização narcoterrorista.

Reação da Venezuela e Outras Autoridades:

  • Nicolás Maduro: Sem citar Trump, o ditador venezuelano afirmou que seu país não quer um golpe da CIA, ativou zonas de defesas militares e prometeu levar o assunto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
  • ONU: A contribuição do governo de Caracas à ONU está atrasada há mais de 2 anos, o que limita as ações do país dentro da organização.
  • Colômbia: O presidente colombiano, Gustavo Petro, surpreendeu ao se distanciar de Maduro, dizendo que não reconhece as políticas do atual governo da Venezuela, mas que a queda de mísseis na região iria contra a resolução das Nações Unidas.
  • Congresso dos EUA: Uma proposta de deputados democratas e republicanos para barrar as operações militares no Caribe foi colocada em votação, mas não foi aprovada.

Repercussão para o Brasil:

  • A especialista em política internacional Flavia Loss, coordenadora de relações internacionais da FESPSP relata que a crise na Venezuela pode ser um obstáculo para o Brasil no momento em que o país negocia com os Estados Unidos.
  • Qualquer conflito na Venezuela tem uma repercussão para o Brasil, especialmente no que diz respeito às fronteiras e à política externa.
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