O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a anulação do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e militares por suposta tentativa de golpe de Estado, argumentando que a Corte não tem competência para julgar o caso. Em seu voto, Fux destacou a “incompetência absoluta” do STF, afirmando que os réus já haviam deixado seus cargos quando o entendimento atual sobre foro privilegiado foi estabelecido.
Para o ministro, aplicar de forma retroativa uma regra recente para manter o processo no STF viola os princípios do juiz natural e da segurança jurídica. Ele ressaltou que a Corte já anulou processos por questões de foro menos graves e que a incompetência neste caso é um “vício intrínseco” que não pode ser ignorado.
Fux foi enfático em seu pedido pela nulidade de todos os atos decisórios do processo, mantendo a coerência com sua posição anterior sobre o assunto.
Análise da Votação de Luiz Fux
A decisão do ministro Luiz Fux em votar pela anulação do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e militares, sob a acusação de tentativa de golpe de Estado, representa um ponto crucial no andamento da ação no Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa da “incompetência absoluta” da Corte para julgar os réus é o cerne da argumentação de Fux, que se baseia em uma interpretação rigorosa do princípio do juiz natural e da segurança jurídica.
A tese do ministro aponta que o foro privilegiado, prerrogativa ligada ao cargo, não se aplicaria aos réus, já que eles haviam perdido suas funções quando o atual entendimento sobre o tema foi consolidado. Aplicar a nova jurisprudência de forma retroativa, para manter a competência do STF, seria uma medida questionável, que poderia ser vista como casuísmo e um desrespeito a princípios fundamentais do direito.
Ministro Fux dizendo o óbvio. pic.twitter.com/4ZLsEwutdX
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) September 10, 2025
Detalhes do Voto e os Impactos Jurídicos
Fux foi enfático em seu discurso, ressaltando que a própria Corte já anulou processos por questões de incompetência relativa de foro, que são consideradas menos graves. Para ele, a situação em questão configura um vício intrínseco ao processo, de tal gravidade que não pode ser ignorado. A declaração de nulidade de todos os atos decisórios do processo é a consequência direta e necessária de sua posição.
A coerência do ministro, que já havia manifestado reservas ao longo do caso, foi reforçada com seu voto. Sua argumentação não se limitou a um tecnicismo, mas buscou reafirmar a jurisprudência histórica da Corte e garantir a validade dos princípios que regem o sistema judiciário brasileiro.
Para quem atua na área de comunicação, como você, é fundamental entender que a complexidade desse tipo de notícia reside nos termos técnicos, como “incompetência absoluta” e “juiz natural”. A capacidade de traduzir esses conceitos para o público de forma clara e objetiva é o que diferencia uma boa cobertura jornalística. O voto de Fux, ao trazer à tona a discussão sobre a aplicação da lei no tempo e a validade de atos processuais, é um exemplo perfeito de como a linguagem jurídica molda a narrativa política.
Repercussão na rede social X
Nesse momento o ministro FUX está destruindo o teatro criado por Moraes e escancarando a perseguição contra Bolsonaro. Ele vai precisar de toda defesa de nossa parte por estar indo contra o sistema.
A frase do dia é:
FUX HONRA A TOGA
ANULA TUDO
— Gustavo Gayer (@GayerGus) September 10, 2025
Fux destacou que a missão do STF é a guarda da Constituição. Segundo Fux, “não compete ao STF realizar um juízo político, mas afirmar o que é constitucional ou inconstitucional, legal ou ilegal”.
Confira na íntegra: https://t.co/RylLgPn9Ed#TempoReal pic.twitter.com/pK6R0CFkTP
— Jovem Pan News (@JovemPanNews) September 10, 2025
🚨URGENTE – Fux diz que houve violação do direito de defesa dos réus no processo do suposto golpe
“5 dias antes da oitiva das testemunhas, a PF enviou links de um checkpoint (…) Os arquivos tinham 70 terabytes” pic.twitter.com/TGK0DmtUfX
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) September 10, 2025