Crise na Venezuela: Maduro pede diálogo e acusa EUA de “ameaça de invasão”

Maduro criticou o reforço militar norte-americano no Caribe

Repórter Jota Silva
Crise na Venezuela: Maduro pede diálogo e acusa EUA de "ameaça de invasão"

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um apelo para que os Estados Unidos evitem uma escalada militar no Caribe, em meio ao aumento da tensão entre os dois países. Em discurso proferido em Caracas, Maduro pediu que a soberania venezuelana seja respeitada e acusou Washington de usar o narcotráfico como pretexto para uma possível intervenção militar.

A declaração ocorre dias após a Casa Branca autorizar o abate de aeronaves venezuelanas que fossem consideradas uma ameaça a navios americanos. Essa decisão se seguiu a um incidente no qual uma embarcação supostamente ligada à gangue Tren de Aragua, acusada de tráfico de drogas, foi afundada pelas forças dos EUA, resultando em 11 mortes. O governo venezuelano contestou essa versão.

Durante um evento de mobilização de milícias civis, Maduro criticou o reforço militar norte-americano no Caribe, que inclui mais de 4 mil soldados e embarcações, classificando-o como uma “ameaça de invasão”. Apesar da retórica de alerta, o líder venezuelano sinalizou estar aberto ao diálogo, em um contraste com discursos anteriores, nos quais chegou a convocar cidadãos para ingressar no exército.

A escalada da tensão é motivo de preocupação para países vizinhos e organismos internacionais, que veem um risco iminente de um conflito armado na região.

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