EUA revogam vistos do ministro do STF Ricardo Lewandowski e do senador Rodrigo Pacheco, diz jornalista Paulo Figueiredo

Repórter Jota Silva
EUA revogam vistos do ministro do STF Ricardo Lewandowski e do senador Rodrigo Pacheco, diz o jornalista Paulo Figueiredo

O jornalista Paulo Figueiredo, conhecido por sua proximidade com a família Bolsonaro, publicou nas redes sociais que o governo de Donald Trump teria revogado os vistos do ministro do STF Ricardo Lewandowski e do senador Rodrigo Pacheco, além dos de seus familiares. Essa informação, foi divulgada em meio a uma série de articulações que Figueiredo e o deputado federal Eduardo Bolsonaro estariam fazendo nos Estados Unidos para aplicar sanções contra o Brasil.

A revogação dos vistos de Lewandowski e Pacheco se soma à ação anunciada em julho pelos Estados Unidos, que revogaram os vistos do ministro do STF Alexandre de Moraes, de seus aliados na Suprema Corte e de seus familiares próximos.

Contexto das Investigações

A notícia veiculada por Paulo Figueiredo coincide com o indiciamento de Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro pela Polícia Federal (PF). O ex-presidente tem um prazo para depor sobre acusações de coação ao STF e uma suposta tentativa de fuga para a Argentina. Documentos da PF revelam que Bolsonaro guardava no celular um pedido de asilo político ao presidente argentino, Javier Milei.

As investigações também trouxeram à tona o papel do pastor Silas Malafaia, que teve o celular e o passaporte apreendidos. Segundo mensagens recuperadas, ele teria orientado Bolsonaro sobre como agir diante das pressões vindas dos Estados Unidos, sugerindo que o ex-presidente fingisse ser contra as sanções.

O deputado Eduardo Bolsonaro, por sua vez, negou publicamente as acusações, afirmando que sua agenda nos EUA está focada na defesa de liberdades individuais e no projeto de anistia. Ele classificou a criminalização de conversas privadas como “absurda”.

Nota de Esclarecimento – Eduardo Bolsonaro

Tomei conhecimento, pela imprensa, do relatório divulgado pela Polícia Federal e considero importante esclarecer alguns pontos:

1. Minha atuação nos Estados Unidos jamais teve como objetivo interferir em qualquer processo em curso no Brasil. Sempre deixei claro que meu pleito é pelo restabelecimento das liberdades individuais no país, por meio da via legislativa, com foco no projeto de anistia que tramita no Congresso Nacional.

2. Causa espanto que a Polícia Federal (PF) aponte supostos partícipes de um crime absolutamente delirante, mas não identifique os autores. Se a tese da PF é de que haveria intenção de influenciar políticas de governo, o poder de decisão não estava em minhas mãos, mas sim em autoridades americanas, como o presidente Donald Trump, o Secretário Marco Rubio ou o Secretário do Tesouro Scott Bessent. Por que, então, a PF não os incluiu como autores? Omissão? Falta de coragem?

3. Vivo sob a jurisdição americana e, portanto, plenamente amparado pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que assegura não apenas a liberdade de expressão, mas também o direito de peticionar nossas demandas ao governo que rege a nossa jurisdição.

4. É lamentável e vergonhoso ver a Polícia Federal tratar como crime o vazamento de conversas privadas, absolutamente normais, entre pai e filho e seus aliados. O objetivo é evidente: não se trata de justiça, mas de provocar desgaste político.

5. Se o meu “crime” for lutar contra a ditadura brasileira, declaro-me culpado de antemão.

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