O jornalista Paulo Figueiredo, conhecido por sua proximidade com a família Bolsonaro, publicou nas redes sociais que o governo de Donald Trump teria revogado os vistos do ministro do STF Ricardo Lewandowski e do senador Rodrigo Pacheco, além dos de seus familiares. Essa informação, foi divulgada em meio a uma série de articulações que Figueiredo e o deputado federal Eduardo Bolsonaro estariam fazendo nos Estados Unidos para aplicar sanções contra o Brasil.
A revogação dos vistos de Lewandowski e Pacheco se soma à ação anunciada em julho pelos Estados Unidos, que revogaram os vistos do ministro do STF Alexandre de Moraes, de seus aliados na Suprema Corte e de seus familiares próximos.
Enquanto a Polícia Federal vem com indiciamentos inúteis, confirmo que o senador Rodrigo Pacheco, e o ministro Ricardo Lewandowski – e seus familiares – tiveram seus vistos americanos revogados pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América. Good night, mutherfuckers.
— Paulo Figueiredo (8) (@pfigueiredo08) August 20, 2025
Contexto das Investigações
A notícia veiculada por Paulo Figueiredo coincide com o indiciamento de Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro pela Polícia Federal (PF). O ex-presidente tem um prazo para depor sobre acusações de coação ao STF e uma suposta tentativa de fuga para a Argentina. Documentos da PF revelam que Bolsonaro guardava no celular um pedido de asilo político ao presidente argentino, Javier Milei.
As investigações também trouxeram à tona o papel do pastor Silas Malafaia, que teve o celular e o passaporte apreendidos. Segundo mensagens recuperadas, ele teria orientado Bolsonaro sobre como agir diante das pressões vindas dos Estados Unidos, sugerindo que o ex-presidente fingisse ser contra as sanções.
O deputado Eduardo Bolsonaro, por sua vez, negou publicamente as acusações, afirmando que sua agenda nos EUA está focada na defesa de liberdades individuais e no projeto de anistia. Ele classificou a criminalização de conversas privadas como “absurda”.
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Nota de Esclarecimento – Eduardo Bolsonaro
Tomei conhecimento, pela imprensa, do relatório divulgado pela Polícia Federal e considero importante esclarecer alguns pontos:
1. Minha atuação nos Estados Unidos jamais teve como objetivo interferir em qualquer processo em curso no Brasil. Sempre deixei claro que meu pleito é pelo restabelecimento das liberdades individuais no país, por meio da via legislativa, com foco no projeto de anistia que tramita no Congresso Nacional.
2. Causa espanto que a Polícia Federal (PF) aponte supostos partícipes de um crime absolutamente delirante, mas não identifique os autores. Se a tese da PF é de que haveria intenção de influenciar políticas de governo, o poder de decisão não estava em minhas mãos, mas sim em autoridades americanas, como o presidente Donald Trump, o Secretário Marco Rubio ou o Secretário do Tesouro Scott Bessent. Por que, então, a PF não os incluiu como autores? Omissão? Falta de coragem?
3. Vivo sob a jurisdição americana e, portanto, plenamente amparado pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que assegura não apenas a liberdade de expressão, mas também o direito de peticionar nossas demandas ao governo que rege a nossa jurisdição.
4. É lamentável e vergonhoso ver a Polícia Federal tratar como crime o vazamento de conversas privadas, absolutamente normais, entre pai e filho e seus aliados. O objetivo é evidente: não se trata de justiça, mas de provocar desgaste político.
5. Se o meu “crime” for lutar contra a ditadura brasileira, declaro-me culpado de antemão.
Nota de Esclarecimento – Eduardo Bolsonaro
Tomei conhecimento, pela imprensa, do relatório divulgado pela Polícia Federal e considero importante esclarecer alguns pontos:
1. Minha atuação nos Estados Unidos jamais teve como objetivo interferir em qualquer processo em curso no…
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 20, 2025