A tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela aumenta com a chegada iminente de três navios de guerra americanos à costa venezuelana. A operação, anunciada pela agência Reuters, visa o combate ao narcotráfico na América Latina.
Em resposta, o ditador Nicolás Maduro anunciou a mobilização de mais de 4,5 milhões de milicianos em todo o país como parte de um “plano de paz” para garantir a soberania e a segurança territorial.
Detalhes da Operação Americana
A força naval dos EUA inclui destróieres com mísseis guiados, parte de uma mobilização de cerca de 4 mil marinheiros e fuzileiros navais. A estratégia se insere em uma ação mais ampla para impedir a entrada de drogas ilícitas em território americano, com ordens do Pentágono para usar força militar contra os cartéis, classificados como organizações terroristas.
A Contraofensiva de Maduro
Durante uma reunião televisionada, Maduro afirmou que as milícias estão “preparadas, ativadas e armadas”. O envio dos cerca de 4,5 milhões de milicianos faz parte de um plano que pretende estabelecer os chamados “quadrantes de paz” e, segundo o ditador, proteger o país. Ele também anunciou a criação de três novas zonas de desenvolvimento e segurança na fronteira com a Colômbia.

O Papel da Milícia Nacional Bolivariana
A Milícia Nacional Bolivariana é um braço das Forças Armadas venezuelanas, criado por Hugo Chávez. Seus membros são voluntários que recebem treinamento básico e atuam em defesa territorial, segurança interna e apoio a projetos sociais.
Críticos, no entanto, a veem como uma força paramilitar usada pelo governo para o controle social e repressão política. A ONU já expressou preocupação e registrou relatos de assédio e perseguição a defensores dos direitos humanos.

Contexto da Tensão
A mobilização da milícia venezuelana acontece em meio ao aumento da tensão diplomática. No dia 7 de agosto, os EUA dobraram a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro, elevando o valor para US$ 50 milhões. A procuradora-geral americana, Pam Bondi, acusou o líder venezuelano de colaborar com grupos como o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa, acusações que Maduro nega.