Dólar cai para menor valor em mais de um ano e Bolsa bate recorde
A cotação do dólar tem sido um dos destaques no mercado financeiro brasileiro neste mês de julho de 2025, registrando uma trajetória de queda em relação ao real. Em um dia de euforia, a moeda americana chegou perto de R$ 5,40, atingindo o menor nível em mais de um ano, fechando a R$ 5,405 com queda de 0,29%. A divisa acumula baixa de 1,42% na semana e expressivos 12,53% em 2025.
Essa desvalorização ocorre em meio a um cenário de otimismo no mercado financeiro, que também viu o Ibovespa se aproximar de 141 mil pontos e fechar em nível recorde, aos 140.928 pontos, com alta de 1,35%.
Fatores Internos e Externos em Jogo
Apesar de um dia sem grandes notícias econômicas internas, o mercado foi dominado pelo cenário internacional. A queda do dólar, que operou em estabilidade após a abertura dos mercados norte-americanos e só caiu na hora final de negociação, pode ser explicada por uma combinação de fatores:
- Mercado de Trabalho Americano: A divulgação de que os Estados Unidos criaram mais postos de trabalho do que o previsto em junho, embora inicialmente pudesse indicar uma alta global do dólar (ao afastar a chance de corte de juros pelo Federal Reserve neste mês), não foi suficiente para reverter a tendência de queda da moeda no Brasil.
- Acordos Comerciais nos EUA: A possibilidade de os Estados Unidos fecharem acordos comerciais importantes até o fim da próxima semana animou os investidores, gerando um otimismo que se refletiu globalmente.
- Valorização das Commodities: Países emergentes como o Brasil foram beneficiados pela valorização das commodities (bens primários com cotação internacional).
- Economia Chinesa: Dados positivos da economia chinesa, a maior consumidora de matérias-primas do planeta, impulsionaram a demanda e os preços das commodities, o que favorece a entrada de dólares no Brasil.
Em resumo, a queda do dólar em julho de 2025 reflete uma combinação de maior confiança na economia brasileira (evidenciada pela alta da bolsa) e um cenário internacional favorável, com sinais de estabilidade e crescimento que reduzem a pressão sobre o dólar e estimulam o fluxo de capital para mercados emergentes.
Por que o Dólar Está Caindo em Julho de 2025?
A cotação do dólar tem sido um tema de destaque no cenário econômico brasileiro neste mês de julho de 2025, com a moeda americana registrando uma trajetória de queda em relação ao real. Diversos fatores, tanto internos quanto externos, contribuem para esse movimento.
Fatores Internos
No Brasil, a percepção de melhora no ambiente econômico e a atração de investimentos estrangeiros são elementos-chave. Uma gestão fiscal mais controlada, com a expectativa de cumprimento de metas orçamentárias, tende a fortalecer a confiança dos investidores. Isso pode levar a um aumento no fluxo de capital estrangeiro para o país, seja para investimentos diretos em produção e infraestrutura, seja para a compra de títulos da dívida pública ou ações na bolsa de valores. A maior entrada de dólares no país, por sua vez, aumenta a oferta da moeda e, consequentemente, pressiona sua cotação para baixo.
Além disso, a política monetária do Banco Central também exerce influência. Se há expectativa de manutenção ou de novas altas nas taxas de juros básicas (Selic), o Brasil se torna mais atrativo para investidores que buscam rentabilidade, reforçando a entrada de dólares e contribuindo para a valorização do real.
Fatores Externos
Internacionalmente, a política monetária dos Estados Unidos e o cenário econômico global desempenham um papel crucial. Se o Federal Reserve (Banco Central Americano) sinaliza uma postura mais “dovish” (menos agressiva em relação à elevação de juros ou até mesmo indicando cortes futuros), os juros dos títulos americanos podem se tornar menos atraentes. Isso faz com que investidores busquem mercados emergentes, como o Brasil, em busca de maior rentabilidade, impulsionando a saída de dólares dos EUA e a entrada em outras economias.
Outro ponto importante é a desvalorização global do dólar frente a outras moedas fortes. Se há um enfraquecimento generalizado do dólar no mercado internacional, seja por incertezas na economia americana ou por fortalecimento de outras economias relevantes (como a europeia ou asiática), o real brasileiro também tende a se beneficiar desse movimento de fraqueza da moeda americana.
A demanda por commodities brasileiras no mercado internacional também pode influenciar. Um aumento nos preços e na demanda por produtos agrícolas, minerais e energéticos exportados pelo Brasil eleva a entrada de dólares no país, pois os compradores internacionais precisam adquirir a moeda brasileira para pagar por essas exportações.
Expectativas para o Futuro
É importante ressaltar que o mercado cambial é dinâmico e pode ser impactado por notícias inesperadas ou mudanças nas expectativas. Acompanhar os indicadores econômicos e as decisões de política monetária, tanto no Brasil quanto nos EUA, é fundamental para entender a volatilidade do dólar.
Essa queda em julho de 2025 pode ser vista como um reflexo de uma combinação favorável de fatores, indicando maior confiança na economia brasileira e um cenário internacional que, no momento, se mostra menos pressionado sobre o dólar.